Em entrevista ao The Telegraph, o lendário baterista do Pink Floyd, Nick Mason, afirmou se sentir extremamente envergonhado pela fortuna absurda que sua banda adquiriu ao longo da história. Mas simultaneamente declarou gratidão pela lealdade dos fãs e o sucesso obtido: “Nossa geração do rock foi mais do que abençoada. Acho que todos nós ficamos um pouco envergonhados com a riqueza que temos. E como a usamos. Minha pegada de carbono é terrível”, afirmou.
Referente ao processo criativo do grupo, Mason explicou: “Ainda não entendo muito bem como chegamos à esse ponto de livre experimentação. Nós nos considerávamos uma banda de R’n’B tocando sucessos. Foi divertido. Estávamos nos debatendo. Queríamos ser um grupo pop. Queríamos conhecer garotas, nos divertir e ser famosos. Acho que entramos na onda. Todos aqueles caras da A&R (Artistas e Repertório) nas gravadoras estavam procurando pelo próximo grande sucesso, e parecia que era uma disputa entre música psicodélica e reggae. E você deveria nos ouvir tocando reggae. Tão, tão ruim…”, lamentou. “O interessante é como éramos impopulares com nossa velha música psicodélica engraçada. Costumávamos ir para o norte e as multidões vaiavam. Eles nos odiavam. Não consigo entender porque simplesmente não quebramos ali mesmo”.
Os números são realmente impressionantes. Seu álbum de maior sucesso, The Dark Side of The Moon, de 1973, acumulou 950 semanas na Billboard 200. É o disco de maior tempo nas paradas de sucesso, recorde que se mantém. Nick Manson estava em turnê antes da pandemia, com sua banda Nick Mason’s Saucerful of Secrets, tocando as canções da primeira fase do Pink Floyd. Recentemente anunciou datas remarcadas para uma turnê em 2021.