O Mrs. Henry é um grupo abrangente de rock, tanto na sua concepção musical, quanto em influências e também em seu trabalho lírico. É formado por Daniel Cervantes na guitarra e vocais, Jody Bagley nos teclados e vocais, Blake Dean no baixo e vocais, o multi-instrumentista e organista Ben Pinnola e o baterista Allan Ritter.
Eles gostam de inserir também metais (sopro) em suas composições, que sempre contam com arranjos variados, riquíssimos, além de uma amálgama de elementos detalhados, que requer um pouco mais da atenção que é comumente dada ao rock and roll. Mas, não se assuste. Eles também sabem entregar um produto final de fácil assimilação, apenas pra gente poder se divertir e extravasar.
Isso porque estamos diante de um grupo versátil, mas acima de tudo criativo, que sabe trabalhar suas composições, mesmo mesclando diversos estilos, incluindo várias camadas sonoras, além de saber que isso necessita de uma produção qualificada pra tudo não se embolar.
É por isso que eles chegam com este maravilhoso trabalho conceitual, intitulado “Keep On Rising”, com uma produção primorosa. Timbre na medida, cada instrumento captado com detalhes e, o principal deles, uma sonoridade orgânica, que colabora e muito com a rusticidade das composições.
Com toda uma história por trás, o disco traz a história de YOUR TWENTY-FIRST CENTURY RISING STAR, um roqueiro que está alcançando o topo e não vai parar por nada para saciar seu apetite pela glória do rock n roll. Logo, o Mrs. Henry, além de contar essa saga, exalta o rock and roll com odes infinitas ao estilo.
Mas, além de liricamente, isso também é feito musicalmente, já que ao ouvir as 45 músicas do disco (isso mesmo!!!), dá pra notar que eles bebem nas principais e mais clássicas fontes do estilo, tais como classic rock, blues, southern, progressive e até mesmo pisam nos anos 50 e 60.
Dentre as faixas consistentes, alguns interlúdios importantes, mas uma gana tão grande, que faz com que essa opera rock (sim, definitivamente o disco tem esse teor) cumpra mais do que com seu dever, e acaba sendo um trabalho completo, que merece mais que nunca uma adaptação pra teatro e/ou cinema.
Seria muito ousado destacar uma ou outra faixa, pois além de serem muitas, há um equilíbrio maravilhoso no ‘tracklist’, mas fica aqui uma dica. Se você gostou de álbuns conceituais de nomes como The Who e Meat Loaf, irá se deleitar com essa beleza aqui!
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