Em ordem decrescente, “Act I”, novo álbum de Morgan-Paige, segue a discografia musical anterior, “Insanire” (2023), “Dear Dysphoria” (2020), “Dear Serenity” (2020) e “Requiem’s End” (2021), como um desfecho para esta trilogia passada.
O conceito do disco traz uma narrativa que apresenta protetores ancestrais, iluminando o impacto infinito do ambiente na identidade e a luta para preservar a herança ancestral dentro das estruturas coloniais. Nesta jornada transformadora de autodescoberta, esta ressurreição musical resgatará o que foi tirado dos ancestrais dos oprimidos.
Musicalmente continua apostando em uma sonoridade que une o épico, o erudito, facetas de new age e a intensidade do rock, que podem ser conferidas em duas faixas, sendo que a primeira é uma abertura que pode ser considerada como uma introdução.
O que precisa ficar claro, é que o trabalho de Morgan-Paige não é focado na guitarra, o que muito se acostumou dentro do rock, mas ela carrega a intensidade característica do rock, o que faz com que se encaixe no estilo. Sim, temos as seis cordas, mas simplesmente não é o fio condutor de tudo.
Ao ouvir as duas composições de “Act I”, notaremos um trabalho focado em teclados e sintetizadores, com uma percussão tribal esporádica e as linhas vocais da cantora, que possuem um poder à parte e são encaixadas em momentos propícios.