Metrofobia é o medo de poesia. Isso mesmo, algo inimaginável. E se torna ainda mais difícil de imaginar tal fobia, quando ouvimos a nova música do Metrophobia, “Crazy Hearts”, pois estamos diante de uma obra que é pura poesia, tanto musicalmente quanto liricamente.
O tema por exemplo, traz uma reflexão profunda do famoso ‘deixa a vida me, ou melhor, para onde a vida pode nos levar. E esse destino nem sempre é o que planejamos, o que faz com que viver se torne um desafio cada vez maior.
Musicalmente o Metrophobia entrega em “Crazy Hearts” uma sonoridade que vai nos remeter aos anos 90, porém, sem querer soar clichê, a banda consegue transportar essas influências para os dias atuais, dando uma roupagem contemporânea à canção, que é belíssima, por sinal.
Samshing Pumpukins, Pixies, The Verve são influências nítidas dos suíços, que aderem, ao menos nesta canção, nuances de shoegaze e post-punk o que a torna belamente melancólica. Além disso, a melodia triste que ela carrega, colabora muito para essa aura não muito positiva.
Mas, é bom lembrar que música não é sempre sinal de alegria, e serve muito como um escape da realidade difícil que enfrentamos, e “Crazy Heart” serve perfeitamente para isso. Acompanhada de um lyric video que traduz as cores de sua sonoridade, cai como uma luva.
Trazendo guitarras bem timbradas, levemente distorcidas e com frases longas, a bateria dita um ritmo viciante, cadenciado, enquanto o grave do baixo traz a vibração necessária à composição. Tudo tendo à frente vocais que são quase sussurros, que recitam a letra de forma suave e leve.
O grande trunfo de “Crazy Hearts” é a capacidade que ela tem de te conquistar logo na primeira audição. No entanto, cada vez mais que é ouvida, cresce em sua mente e mexe com seu coração, seja ele mais estável ou selvagem. Ouça em:
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