Lars Ulrich confirmou em entrevista, que parte da instrumental “Orion“, originalmente era pra ser parte de “Sanitarium“.
Perguntado por Andy Hall, sobre quando o Metallica decidiu separar as duas faixas, Lars respondeu:
“Não consigo te contar o dia, a hora ou o momento…[risos]”
“Para o Metallica, gravar é muito prático, o que acontece é que temos um riff e temos outro riff, e esses dois viverão juntos. E então, por aqui terá esse riff e outros dois riffs, e por aqui teremos algo que ganhará vida, e são todas essas coisas diferentes que nós meio que visitamos.
Por exemplo, o que se tornou “Battery“, a música rápida, no decorrer de três meses trabalhamos nela uma vez por semana. E cada vez que voltamos a trabalhar nela, tentamos levá-la para um outro nível e aperfeiçoá-la, ou seja lá o que for. Então em algum momento, você se senta e diz, ‘espera um minuto, essa parte não soa tão boa em “Battery”, mas cairia bem na faixa número quatro”.
Então você move as partes ao redor. Acho que a origem de ‘Orion’ foi a parte do meio, com o baixo de Cliff, com todas aquelas harmonias e melodias.
E nós sentimos que aquilo deveria ser uma faixa instrumental. E havia, eu acho, esse riff principal que está na primeira metade da música. E de alguma forma nós casamos essas partes e enfim…
É uma espécie de tentativas e erros movendo partes. E você move todas esses pedaços de música à frente até que elas se tornem uma música completa e você sentir que não tem como deixá-las melhor.
Você chega a um lugar onde você não sente que você pode melhorá-las mais e, então, eles são tão boas que vão para o álbum ou vão para o lixo.”
Durante o resto do bate-papo, Lars falou sobre como “The Thing That Should Not Be” apareceu, ele disse:
“Nós sentimos que tínhamos poucas músicas para o álbum. Acho que num último momento, sentamos com as músicas que tínhamos e sentimos falta de uma música pesada, lenta e encorpada que equilibraria todo o álbum. Então escrevemos ‘The Thing That Should Not Be’ no estúdio.
Me lembro que tocamos alguns shows em Agosto de 85, tocamos com o Scorpions no ‘Day on the Green’ da Bay Area, tocamos no Donnington Festival com o Bon Jovi, depois fomos meio que trabalhando na faixa e acabamos escrevendo ‘The Thing That Should Not Be’.
Depois tocamos um show único na Alemanha em um festival chamado ‘Lorelai Festival’, onde nós tocamos pela primeira vez ‘Disposable Heroes‘.
Isso foi mais ou menos duas ou três semanas entre as gravações, depois voltamos e continuamos as gravações. Acho que foi nessa época que escrevemos ‘The Thing That Should Not Be’ e tudo ficou pronto.”
Fonte: Ultimate Guitar