Três longos anos de espera, com uma pandemia global atrasando o lado de fãs e banda, até que finalmente a data remarcada pela segunda vez chega. Esse dia 10 de maio de 2022 vai ficar marcado para quem vivenciou esse show maravilhoso da maior banda do planeta: o Metallica!
Antes de mais nada, vale ressaltar a energia do show de abertura do Ego Kill Talent, que animou o público durante 30 minutos. O público parecia não conhecer muito bem o som da banda, mas eles devem ter ganhado alguns novos fãs nesssa empreitada.
Agora o polêmico Greta Van Fleet, uma banda extramamente boa ao vivo, reproduzem perfeitamente o que se ouve nos CDs de estúdio. O alcance vocal de Josh Kiszka é absurdo e o que tocam Jake Kiszka (guitarra), Sam Kiszka (baixo) e Daniel Wagner (bateria) é brincadeira, só mostram que são uma das bandas que vão sustentar o Rock nas próximas gerações.
Até que chegou o grande momento, a ansiedade vendo o palco sendo montado, reconhecendo cada instrumento que um dos roadies afinava e preparava, só fazia a vontade de chegar o momento logo aumentar.
Até que começa “Long Way To The Top” avisando que está na hora do maior espetáculo do mundo da música pesada. Vem “Ecstasy Of Gold” em seguida pra encher os olhos de lágrimas e então, “Whiplash” chegando como uma porrada na cara, simplesmente perfeita para a abertura do setlist. “Ride the Lightning” mantém o êxtase lá no alto, com a voz do público abafando até a voz de James Hetfield.
Em “Fuel” foi onde começou um pequeno empurra-empurra, talvez por ser a mais popular que tocou primeiro, as pessoas pareciam mais familiarizadas com a música. Um show de pirotecnia na performance, onde as labaredas de fogo soltavam o calor até nas arquibancadas. “Seek & Destroy” veio em seguida trazendo um frenesi que não dá pra descrever, só acho que ela deveria voltar a fechar os shows.
“Holier Than Thou” não trouxe tanta empolgação ao redor, mesmo sendo uma música do “Black Album”. Somente os fãs mais fervorosos estavam animados – algo incomodante demais para um fã. Totalmente ao contrário, “One” deixou todos empolgados assim que começam os barulhos de tiro, a performance de Kirk Hammet foi cheia de erros, mas que não tiraram o brilho da faixa, com um show de lasers e fogos.
“Sad But True” foi onde todo mundo começou a cantar alto de novo, mais uma música de rádio da banda, mas que tem um punch incrível na bateria de Lars Ulrich, você sentia na alma o bumbo batendo. Após isso, Hetfield brinca com sinal de positivo ou negativo com o polegar pra saber o que a galera achava de uma música do “St. Anger” – álbum que muitos torcem o nariz – até que a banda emenda uma performnace arrasadora de“Dirty Window”. Quem é fã e os acompanha, inclusive seus bootlegs oficiais, sabe o quão difícil é a banda tocar essa faixa, então foi uma grata surpresa.
“No Leaf Clover” vem para tirar lágrimas. Uma performance magnífica que emociona e impressiona com o contraste da banda com as imagens do telão. Logo após a banda trouxe a dobradinha do álbum “Ride the Lightning”, com “For Whom the Bell Tolls” e “Creeping Death”. A primeira com uma intro enigmática que logo apresenta os sinos do início da faixa, já fazendo o público vibrar e destacando o momento de Rob Trujillo. Já “Creep…” é sensacional, com todo mundo cantando alto e chegando ao êxtase na ponte com o “Die! Die! Die!”, algo que fica na memória sendo um dos melhores momentos do show.
Agora a dobradinha é do álbum “Master Of Puppets”, primeiramente com “Welcome Home (Sanitarium)”, que teve uma bela intro com imagens legais no telão e a performance foi divína, nos levando para finalmente a grande “Master Of Puppets”, o ponto alto do show, onde era a hora de sair da casinha e gastar todas as energias e cantar para Hetfield, uma experiência inigualável.
Uma breve pausa para o bis e a banda voltou com “Spit Out The Bone”, onde mais uma vez o público não entendeu o que acontecia, parecia até outra banda que tínha voltado, pois ninguém aparentava conhecer a música.
Finalizando, a dulpa de clássicos do “Black Album”, talvez as duas faixas mais populares do Metallica. Primeiro “Nothing Else Matters”, que deixou o Morumbi maravilhoso com as luzes apagadas e somente isqueiros e os celulares ficaram iluminando o público, foi uma cena marcante. Fechando, “Enter Sandman” foi onde houve uma explosão por parte dos fãs, todo cantando o mais alto que podiam e deixando a banda visívelmente feliz fechando com chave de ouro a performance.
Alguns pontos técnicos que começaram mal e depois foram melhorando: som da bateria estava mal regulado, com os bumbos sem punch e a caixa muito baixa, mas isso foi corrigido logo no começo do show; Kirk Hammet errando bastante, o mais visível no começo de “One” e em algumas harmonias de “Nothing Else Matters”, mas nada que estragasse a experiência.
Enfim, o Metallica mais um vez mostrou porque segue conquistando fãs atravessando gerações. A experiência de vê-los ao vivo é inexplicável, a presença dos membros é sagrada e passa uma sensação de satisfação que não tem como explicar, só vivendo o momento pra saber como é. Foi incrível saber que agora se faz parte da família da maior banda do mundo.
Metallica – WorldWired Tour
Local: Estádio Cícero Pompeu de Toeldo (Morumbi)
Data: 10/05/2022
-Setlist-
Whiplash
Ride the Lightning
Fuel
Seek & Destroy
Holier Than Thou
One
Sad But True
Dirty Window
No Leaf Clover
For Whom the Bell Tolls
Creeping Death
Welcome Home (Sanitarium)
Master of Puppets
Spit Out The Bone
Nothing Else Matters
Enter Sandman
Agradecimentos:
Live Nation pelo credenciamento
Aline Nobre – Assessoria de imprensa Live Nation
@mrossifoto pelas fotos
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