“SINTO SAUDADES DO CLIFF!!!”
Foi assim que James Hetfield abriu a introdução de “Back to the Front: A Fully Authorized Visual History of The Master of Puppets Album and Tour”. Para o Metallica – e realmente, o mundo – não há como discutir “Master of Puppets” sem lamentar a trágica perda do baixista Cliff Burton, que morreu em um acidente de ônibus durante a turnê de divulgação do disco meses após seu lançamento.
Além das lembranças agridoces da presença inimitável de Burton em “Master of Puppets”, Hetfield também reconheceu uma verdade clara e inegável na mesma introdução: “‘Master of Puppets’ foi o ponto de virada para a grandeza do Metallica.”
De muitas maneiras, o Metallica nunca mais seria o mesmo depois que “Master of Puppets” chegou às ruas em 3 de março de 1986.
Porque os fãs já sabem muito sobre o álbum – como o título de “Leper Messiah” foi inspirado na letra de “Ziggy Stardust” de David Bowie ou que “The Thing That Should Not Be” tem raízes em escritas de H.P. Lovecraft – decidimos cavar fundo na história do “Master of Puppets” para extrair 10 fatos que apenas os superfãs saberiam.
Em homenagem ao aniversário do lançamento de “Master of Puppets”, esperamos que você aprenda algo novo sobre um dos discos de Metal mais importantes de todos os tempos. E se você já conhecia todas essas histórias, bem, você pode se chamar oficialmente de superfã.
Metallica ajudou Ozzy Osbourne a perceber que as pessoas gostavam do Black Sabbath
Em uma conversa com o editor Steffan Chirazi, da So What!, Ozzy Osbourne recordou a turnê com o Metallica logo após o lançamento de “Master of Puppets”.
“Toda vez que eu passava pelo camarim deles naquela turnê, eu me lembro claramente que eles estavam tocando coisas antigas do Black Sabbath”, ele disse. Osbourne realmente conversou com seu assistente sobre isso e disse que estava irritado porque a banda estava tirando sarro dele sempre tocando discos antigos do Black Sabbath sempre que ele estava por perto.
Ozzy lembrou como seu assistente respondeu: “‘Você está brincando, não é? ELES PENSAM QUE SABBATH E VOCÊ SÃO DEUSES!’ Foi genuinamente uma das primeiras vezes que percebi que as pessoas realmente gostavam do Black Sabbath.”
Hetfield acredita que a era ‘Puppets’ é a era de ouro do Metallica
Em “Back to the Front”, James Hetfield disse: “Acho que a era Puppets foi nossa melhor oferta. A forma como a banda estava olhando e sentindo. Havia muito mais direção; havia muito mais insights sobre o que poderíamos fazer, onde não deveríamos ir e onde parecia certo ir. Estávamos explorando e ficando mais à vontade em nosso ofício, e as coisas se encaixaram de forma natural e rápida, com a ajuda e a contribuição de todos, e todos nos sentimos muito bem com isso.”
Lars Ulrich concordou com seu colega de banda ao acrescentar: “Nós estávamos vivendo o momento. E havia uma verdadeira sensação de excitação no ar.”
Decidindo gravar na Dinamarca, novamente
Para “Ride the Lightning” de 1984, o Metallica fez as malas e passou três semanas gravando com Flemming Rasmussen em seu Sweet Silence Studios em Copenhagen, Dinamarca. Quando eles estavam se preparando para gravar “Master of Puppets”, os caras sabiam que queriam trabalhar com Rasmussen novamente, mas queriam trazê-lo para a Califórnia para que pudessem estar mais perto de casa.
“Acho que vimos cerca de 12 a 14 estúdios diferentes, mas todos estavam sentindo falta daquela sala de bateria que era semelhante à sala dos fundos de madeira em Sweet Silence, então a banda acabou decidindo gravar na Dinamarca”, explicou Rasmussen no Master of Puppets deluxe box set.
Como eles passaram mais tempo no estúdio neste álbum – a gravação começou em 3 de setembro de 1985 e terminou na véspera de Natal – eles tentaram construir um pouco mais de ritmo em sua agenda. Eles gravavam à noite das 19h às 5h e depois, como disse Rasmussen, “destruíam o bufê de café da manhã do hotel antes de ir para a cama”. E então, antes de chegarem ao estúdio, eles iam jantar na casa de Rasmussen: “Minha esposa Pernille e minha irmã Ulla cozinhavam uma refeição para os meninos todos os dias, então eles estavam prontos para a briga quando entramos no estúdio.”
Kirk Hammett diz “Master of Puppets” é um um ponto crítico para os fãs
K.J. Doughton, que já foi presidente do fã-clube do Metallica, disse em “Back to the Front”, “‘Ride the Lightning’ gerou muitas mensagens de ódio dos obstinados: os fãs que não gostavam de ‘Fade to Black’ ficaram com raiva porque cada música não era como ‘Whiplash’.” Ele então disse que “Master of Puppets” trouxe esses fãs de volta, graças a músicas como “Battery” e “Damage, Inc.”
Kirk Hammett concordou, embora tenha notado que a conversão de fãs foi nos dois sentidos. “Parecia que estávamos atraindo uma base de fãs muito mais ampla”, disse ele, “pessoas que gostavam de Hard Rock, mas não eram fãs de Metal – garotos que eram mais extremos. Não tenho certeza se gostava desse tipo de música, mas então ouvi ‘Sanitarium’, e quer saber? Sou fã. Esses tipos de declarações começaram com ‘Master of Puppets’. Foi o álbum que os fez decidir.”
Master of Comedy?
Acredite ou não, o Metallica queria abrir “Master of Puppets” com um clipe de comédia.
“A banda tinha acabado de carregar todas as fitas da sessão de volta em seu carro e Lars lembrou que eles usariam uma frase de som do comediante Bobcat Goldthwait no início do álbum”, lembrou o engenheiro de mixagem Michael Wagener na caixa de luxo do álbum. “Master of Puppets” foi mixado no Amigo Studios em North Hollywood em janeiro de 1986. “Foram feitas sugestões para tirar todas as fitas do carro e montar o estúdio novamente. Mas no final, todos nós decidimos contra, pensando que poderia ser adicionado na masterização, o que nunca aconteceu.”
Pancakes…Go!
Em uma conversa que foi capturada em vídeo, o baterista do Anthrax, Charlie Benante, falou sobre uma de suas memórias favoritas não apenas do “Master of Puppets”, mas de Cliff Burton.
Como ele explicou: “Estávamos em turnê, na Inglaterra, em 1986, e éramos Cliff, Kirk [Hammett], Scott [Ian] e eu. Estávamos tomando café da manhã… Eu disse: ‘Ei, você conhece aquela parte em ‘Master of Puppets’, logo antes da liderança, James [Hetfield] diz algo. Que porra ele diz? E todos olharam um para o outro e ficaram tipo, ‘Que porra ele disse?’ E Cliff disse, ‘Ele diz Pancakes.’ Eu disse: ‘Pancakes? Por que diabos ele diria Pancakes naquele momento?’ E ele disse: ‘Sim, é isso, é o que ele diz. Pancakes.’ Então, pelo resto da turnê, sempre que a parte tocava ao vivo, Cliff olhava para mim e dizia ‘Pancakes’. Eu ainda penso nisso até hoje quando eles tocam ‘Master of Puppets’. Está logo antes do solo de Kirk e acho que James na verdade diz ‘fix me’ ou algo assim.”
Há toda uma comunidade online dedicada a esta história, e em shows recentes, Hetfield realmente trouxe de volta dizendo “Pancakes. Go!” logo antes do solo de Hammett. Na verdade, você pode ouvi-lo na marca de 5:38 na performance S&M2 de “Master of Puppets”.
Lars pulou um casamento para terminar “Master of Puppets”
Peter Mensch é co-fundador da Q Prime, uma empresa de gerenciamento de música que começou a administrar o Metallica em 1984 e continua a fazê-lo hoje. No livro que acompanha dentro da caixa de luxo de “Master of Puppets”, Mensch compartilhou algumas de suas memórias favoritas daquele álbum e escreveu sobre como ele estava planejando seu casamento enquanto o Metallica estava gravando.
“Devo convidar TODO o Metallica para o meu casamento?”, escreveu ele. “Ninguém do Metallica? Apenas Lars? Provavelmente apenas Lars, porque ele começou a usar minha casa (e minha jaqueta da turnê “Back in Black”) como seu abrigo no Reino Unido.” Mensch continuou dizendo que Ulrich acabou não indo ao casamento e, em vez disso, enviou suas desculpas por fax, “dizendo (e eu não salvei o telex – caramba), essencialmente, que ele não pôde comparecer porque estava terminando o álbum. E como ele estava certo.”
A revista Rolling Stone afirma que “Master of Puppets” pode ter criado novo gênero do Metal
Em sua crítica de “Master of Puppets” para a edição de 5 de junho de 1986 da Rolling Stone (que apresentava Madonna na capa), Tim Holmes escreveu que o Metallica pegou “a matéria-prima do Heavy Metal e refinou toda a coisa”. Cada frase da crítica de Holmes pingava de elogios enquanto ele levava os leitores à conclusão épica: “O Metallica tem talento e, sim, sutileza para criar um novo Metal. Se eles premiarem um álbum de titânio, deveria ir para ‘Master of Puppets’.”
Lars acumulou bastante a conta do hotel enquanto gravava ‘Master of Puppets’
Lars Ulrich passou vários meses no SAS Hotel em Copenhague enquanto gravava “Master of Puppets” e, aparentemente, depois de encerrar, ele estrapolou a conta de incidentes do hotel.
“Foi mais ou menos US$ 25.000 ou algo assim”, admitiu Ulrich em “Back to the Front”. “Eu fiquei tipo, ‘Ah, sim, espere um segundo’ e então simplesmente saí correndo pela porta.” Ulrich explicou mais tarde: “Você foi para a cidade, esmagado e deixou um rastro de destruição.”
A faixa-título é a música ao vivo mais popular do Metallica
“Master of Puppets” é a música mais tocada no show ao vivo do Metallica. Eles tocaram pela primeira vez no Civic Auditorium em San Francisco em 31 de dezembro de 1985, cerca de uma semana depois de terminarem de gravar o álbum. Desde então, eles tocaram mais de 1.660 vezes de acordo com o Metallica.com, inclusive em seu primeiro show de 2022. Enquanto o Metallica continuar em turnê, não há dúvida de que esse número ficará cada vez maior.
Fonte: Loudiwre
“Baixe nosso aplicativo na Play Store e tenha todos os nossos conteúdos na palma de sua mão.
Link do APP: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.roadiemetalapp
*Disponível apenas para Android”
