Metal Opera: confira 10 projetos que seguem a cartilha

Ao ler o título dessa matéria, provavelmente bandas como Nightwish, Epica, Delain, After Forever e afins vieram à sua mente, correto? Caso não, parabéns! Você deve saber o que de fato é um projeto configurado no modelo “Metal Opera”.

Existe muita confusão acerca de alguns rótulos na música pesada, o que é natural, tendo em vista a grande quantidade de nomenclaturas utilizadas para definir gêneros, sejam eles específicos ou genéricos. As bandas supracitadas, na realidade, não são Metal Opera: são Symphonic Metal. Talvez você nunca tenha se perguntado, mas, sim, são coisas diferentes.

O rótulo “Metal Opera” não diz respeito a um estilo característico de tocar Metal, tal como Death Metal e Power Metal, por exemplo. “Metal Opera” é uma configuração lírica, geralmente conceitual, onde uma história fictícia ou não é contada por meio das letras. No entanto, o que difere um álbum conceitual como “Seventh Son of A Seventh Son”, do Iron Maiden, de um Metal Opera como “The Metal Opera Pt. I”, do Avantasia, tange aos recursos humanos: no segundo caso, trata-se de vários músicos trabalhando conjuntamente, onde diferentes vocalistas interpretam um personagem ou trecho em especial em uma história e tudo se transforma em um grande teatro.

Um projeto de Metal Opera (vários músicos interpretando conjuntamente o teatro da história escrita, trocando por miúdos) pode ser calcado em qualquer gênero, seja ele Hard Rock, Progressive Metal, Power Metal… desde que as definições expressas acima sejam respeitadas.

Gostaria de conhecer ou relembrar alguns Metal Operas espalhados pelo mundo?
Então confira abaixo dez projetos que seguem esse modelo tão artístico de executar nosso estilo preferido!

1) Ayreon – The Fifth Extinction

Idealizado pela mente mestra do multi-instrumentista holandês Arjen Anthony Lucassen, o Ayreon é um renomado Metal Opera centrado principalmente no Progressive Rock, mas que também se abre ao Progressive Metal, Folk Rock, Power Metal, entre outros. A maioria dos álbuns segue uma linha do tempo principal. No entanto, alguns outros contam histórias paralelas, relacionadas ou não com a principal. Dando vida às incríveis histórias de ficção científica, vocalistas como Bruce Dickinson (Iron Maiden), Russell Allen (Symphony X), Andi Deris (Helloween), Jørn Lande (Jorn), Hansi Kürsch (Blind Guardian), entre muitos outros já passaram por aqui.

2) Beto Vázquez Infinity – Within My Madness

Um dos grandes expoentes argentinos do Symphonic/Power Metal, o Beto Vázquez Infinity foi criado, como o nome sugere, pelo músico Beto Vázquez na capital Buenos Aires. Ao longo dos cinco álbuns lançados até o momento, as épicas histórias já foram interpretadas por vários vocalistas, sendo Tarja Turunen (ex-Nightwish), Sabine Edelsbacher (Edenbridge), Fabio Lione (Rhapsody of Fire, Angra), Candice Night (Blackmore’s Night), Marcela Bovio (Stream of Passion) e Alfred Romero (Dark Moor) alguns dos mais ilustres.

https://www.youtube.com/watch?v=E7dpvRlmaLs

3) Genius – The Final Surprise

O Genius já nasceu com etiqueta de prazo de validade. O objetivo do músico italiano Daniele Liverani era lançar uma trilogia por meio de um Progressive Metal técnico e épico, e assim foi. As atividades compreenderam o espaço entre 2002 e 2007 e, ao longo dos três discos, inúmeros vocalistas como Eric Martin (Mr. Big), Edu Falaschi (Almah, ex-Angra), Mark Boals (Ring of Fire), Jørn Lande (Jorn), Russell Allen (Symphony X) e Liv Kristine (Leaves’ Eyes, ex-Theatre of Tragedy) emprestaram suas vozes nesse bem construído projeto.

4) Timo Tolkki’s Avalon – The Paradise Lost

Mundialmente conhecido por ter sido a principal cabeça por detrás de uma das maiores bandas finlandesas de todos os tempos – o Stratovarius -, Timo Tolkki também criou, em 2012, seu próprio Metal Opera, chamado Timo Tolkki’s Avalon. Situado num Power Metal intenso e clichê, o trabalho não surgiu para inovar, mas para satisfazer sua própria vontade de fazer música nesse cunho e de trabalhar com grandes músicos ao seu lado. As vozes de nomes como Michael Kiske (ex-Helloween), Russell Allen (Symphony X), Tony Kakko (Sonata Arctica), Elize Ryd (Amaranthe), Sharon den Adel (Within Temptation), Fabio Lione (Angra, Rhapsody of Fire), entre diversos outros, são claramente identificadas ao longo das canções. Dois álbuns foram lançados até o momento: “The Land of New Hope”, em 2013, e “Angels of The Apocalypse”, em 2014.

5) Amadeus Awad – Paper Dreams

Seu exótico país de origem é, além da musicalidade de alta qualidade, um dos principais atrativos do multi-instrumentista Amadeus Awad. Fazendo Progressive Metal direto do Líbano, o rapaz vem numa crescente, lançando álbuns quase anualmente desde 2012 (são três até o momento) e contando com vocalistas renomados como Mark Boals (Ring of Fire), Elia Monsef (Ostura), Russell Allen (Symphony X), além de Amanda Somerville (Trillium) para ilustrar seu cartão postal.

6) Aina – Flight of Torek

Quando alguém começa a garimpar o que existe de Metal Opera no mundo, provavelmente o Heavy/Power Metal do Aina é um dos primeiros nomes que surgem, até pela relação de cast e país de origem com o Avantasia – a Alemanha. Criado pelo guitarrista e produtor Sascha Paeth, o único álbum “Days of Rising Doom”, lançado em 2003, conta com uma equipe dos sonhos, unindo grandes nomes como Glenn Hughes (Deep Purple), Andre Matos (ex-Angra), Tobias Sammet (Edguy, Avantasia), Marco Hietala (Nightwish, Tarot), Candice Night (Blackmore’s Night), Simone Simons (Epica), Olaf Hayer (Dionysus, ex-Luca Turilli). Apesar desse grande atrativo, o resultado final não impressionou como deveria.

7) Marius Danielsen – Prophecy of The Warrior King

Embora exista desde 2005, o projeto de Symphonic Power Metal do norueguês Marius Danielsen pode ser considerado um dos mais novos em atividade, já que o primeiro álbum “Legend of Valley Doom” veio a ser lançado somente em 2015 – e é, também, um dos mais épicos. Jogando seu Metal nos mais respeitáveis moldes “rhapsodyanos”, esse trabalho conceitual com direito a heroicos e encorpados refrões vem colhendo excelentes críticas ultimamente. Não é para menos: além de uma musicalidade de alto nível, vocalistas selecionados a dedo como Tim “Ripper” Owens (ex-Judas Priest e Iced Earth), Jonas Heidgert (Dragonland), Edu Falaschi (Almah, ex-Angra), Artur Almeida (Attick Demons), Elisa Martín (ex-Dark Moor), Mark Boals (Ring of Fire), além de muitos outros, demonstram estarem acostumados com epicismo e agregaram positivamente ao disco.

8) Soulspell – Amon’s Fountain

O Brasil também tem o seu próprio Metal Opera focado no Power Metal. De posse de três registros embaixo do braço, o Soulspell, do baterista Heleno Vale, cresce álbum após álbum, principalmente nos quesitos de arquitetura musical e relevância dos convidados especiais. Muitas vozes brasileiras já passaram pelo projeto, tais como Nando Fernandes (ex-Hangar), Bruno Maia (Tuatha de Danann), Edu Falaschi (Almah, ex-Angra), Leandro Caçoilo (Seventh Seal, ex-Eterna), Renato Tribuzy (ex-Thoten e Tribuzy), Iuri Sanson (Hibria) e Daísa Munhoz (Vandroya), mas no álbum mais recente, “Hollow’s Gathering”, de 2012, artistas internacionais também passaram a perpetuar suas marcas, como Blaze Bayley (ex-Iron Maiden), Tim “Ripper” Owens (ex-Judas Priest e Iced Earth), Matt Smith (Theocracy) e Amanda Somerville (Trillium), só para citar alguns.

9) Star One – Earth That Was

O Star One é mais um Metal Opera paralelo de Progressive Rock/Metal fundado pelo multi-instrumentista holandês Arjen Anthony Lucassen. Ao contrário do Ayreon, o cast aqui é um pouco mais limitado, mas o conceito de contar histórias de ficção científica se mantém. Floor Jansen (Nightwish, ex-After Forever), Russell Allen (Symphony X), Damian Wilson (Threshold), Dan Swäno (Nightingale) e Robert Soeterboek (ex-Erik Norlander) são alguns nomes que interpretam, ao longo de dois álbuns, os devidos personagens de músicas inspiradas em filmes antigos de ficção científica, como Star Trek.

10) Avantasia – The Glory of Rome

Dizer que uma banda é a melhor, isso é questão de opinião, mas dizer ser a maior, muitas vezes não. E no quesito Metal Opera, certamente, o Avantasia é o maior e mais famoso de todos. Desde 2000 o instrumentista e compositor alemão Tobias Sammet vem convencendo através desse projeto de Power Metal que colhe os frutos de um trabalho bem feito. Já são seis álbuns lançados, e um sétimo está previsto para 2016. Não é preciso dizer muito. O Avantasia era obrigatório nessa lista.

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