O cantor e guitarrista do Brooklyn, Matt C. White, apresenta o seu terceiro álbum de inéditas “A Cosmic Year” que busca redesenhar a arte desse artista com peso, experimentações e várias melodias. Este full length possui dez músicas que farão você descobrir um novo sentido para o psicodelismo. O sucessor do inquietante “Punishers” (2023) começa com “The Descent”, uma demonstração introspectiva de seu talento com um incrível solo de guitarra como protagonista. “Acho que realmente aprimorei meu som e consegui criar uma coleção exuberante, pesada, experimental e excêntrica de músicas psicodélicas que, com certeza, agradarão a todos”, aposta Matt C.
De fato, o psicodelismo é uma peça importante na construção de “A Cosmic Year”, no entanto, o apelo pesado também é outro tijolo importante dessa obra. Em “Fire Rider I: Collision” vemos isso de perto em uma duração de mais de seis minutos. A coisa fica ainda mais virtuosa com a chegada de “Blood Divine” com sua melodia suave, andamento cadenciado e licks de guitarra bem encaixados. Temos aqui uma música elegante e ao mesmo tempo crua que gera um clima agradável. Tudo se torna ainda mais belo com “Vicious Cycle” que traz elementos do rock progressivo com uma pitada de peso nas distorções.
Depois da atmosfera ‘bluesy’ da última execução, a raiz psicodélica do álbum está empregada em títulos como “Amalgamate”. Esta, no caso, tem pouca duração, mas funciona como um chamado a quem viaja no deserto. Com apenas uma base de baixo, umas notas desesperadoras de guitarra e efeitos fantasmagóricos de fundo, a pequena música serve de introdução para “I Gotta Get Out”. Esta sim extravasa na energia e conta com a rapidez para conquistar mais fãs. A sexta canção deste álbum abraça estilos como grunge e outros mais selvagens para correlacionar nesta relação. Sua sucessora, no entanto, é um portal dimensional chamado “As You Whir”.
Como toda banda de garagem, Matt C. White também possui os seus momentos mais ácidos como podemos conferir em “The Way Down”. Aqui os vocais são despretensiosos, a pegada é despojada e a guitarra comanda a acidez. Na sequência, o cantor apresenta “Smoke Still Casts a Shadow”, uma música mais madura e com um direcionamento bastante definido. Ela, por sua vez, deságua em “Fire Rider II: Rebirth” que, obviamente dá sequência à segunda faixa do álbum. Com isso, concluímos que Matt C. White, de fato, atingiu um nível musical espantoso em “A Cosmic Year”.
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