Michael Matney é um artista consolidado na cena underground pós-punk, assim como para o southern rock. Sua banda anterior, White Boy and The Average Rat Band, tornou-se um sucesso cult entre colecionadores de discos e cabeças pós-punk. Além disso ele conhecido dentro do southern rock por sua época como guitarrista do ícone da música David Alan Coe.
Agora, depois de se apresentar por lugares lendários dos Estados Unidos e consolidar-se como um músico experiente, ele segue com uma banda com seu sobrenome, Matney, onde coloca suas influências e composições próprias em prática. O que é o caso deste seu mais novo single, “All Fired Up”.
Sem dúvidas, de cara, o ouvinte irá achar que se trata de algo do ZZ Top, pois é assim que a faixa soa. E quem pensa que Matney nega, se engana, afinal de contas a intenção dele foi exatamente exaltar uma de suas maiores influências, o que fica claro aqui.
Desde as guitarras boogie, com aquele leve tempero blues nos solos, passando pela cozinha marcada com bateria certeira e baixo pulsante, além de vocais descolados e quase com drives, a canção prima mais por soar atual e ter leves toques de Matney, revelando suas características.
Deixando claro que a sonoridade de Matney, em especial neste seu mais novo single, se aproxima bastante da fase oitentista do ZZ Top, aquela mesmo em que a banda emplacou hits no álbum “Eliminator”, lançado em 1983 e talvez o principal trabalho da história do trio de barbudos de Houston, no Texas.
Voltando à sonoridade de “All Fired Up” precisamos destacar a escolha dos timbres. Ao mesmo tempo em que traz influências de quarenta anos atrás, a canção prima por explorar elementos atuais, o que faz com que ela não soe datada, aliás, passa longe disso e vai muito do talento e experiência do músico.
Claro, a produção colaborou muito com tal fato, mérito de Stevie Salas, que também co-escreveu o single e foi o responsável pela guitarra solo. O produtor multiplatinado teve discos de ouro para músicos como Justin Timberlake e Mick Jagger, e também foi produtor executivo do documentário ‘Rumble: The Indians Who Rocked the World’, que ganhou o Prêmio Especial do Júri por Masterful Storytelling no Festival de Cinema de Sundance em 2017. Logo, além de uma composição pomposa, bem feita e que irá atingir diversos públicos, o conjunto da obra e o que a envolveu dificilmente daria errado.
‘discovered and supported via Musosoup #sustainablecurator’
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