Em entrevista ao Consequence Of Sound, Marilyn Manson falou sobre a influência que Ozzy Osbourne teve em sua carreira e relembrou a primeira vez em que ouviu a música do lendário vocalista do Black Sabbath.
“Eu me lembro de ter comprado o ‘Blizzard Of Ozz’ quando eu estava na escola cristã”, lembrou Manson. “Minha mãe me levou para comprar na loja de discos quando era altamente proibido pela escola cristã. Mas eu só me lembro que ele tinha uma estranha mística da qual ele nunca escapou, apesar do fato de ele ainda ter um reality show. De alguma forma, sua música sobreviveu àquele [programa]. Isso é algo que eu não teria feito, porque eu nunca iria querer compartilhar minha vida pessoal em reality shows. Mas sua música excede completamente isso, o que eu acho incrível.”
Manson continuou: “Eu me lembro de ter um pôster de ‘Shot In The Dark’ na minha parede, no 10.º ano, eu acho, e foi tão bom ter feito uma turnê com ele e com o Black Sabbath também. E ele sempre foi uma pessoa muito quieta e interessante. Nos aproximamos por conta de uma pintura estranha, em algum momento da turnê.”
Outro ponto que aproxima Ozzy de Manson foi que os dois foram acusados de influência negativa por conta de suas músicas no caso de um jovem que tentou se matar ouvindo “Suicide Solution”, do Ozzy e os atiradores de Columbine, que ouviam a música de Marylin Manson. “Eu acho que às vezes toda a culpa [colocada na] música e entretenimento [por incidentes trágicos], se fosse mencionada agora, pareceria quase absurdamente tola até mesmo sugerir algo assim.”
Manson foi originalmente escalado para fazer a turnê com Osbourne este ano, mas essas datas foram canceladas para que o Ozzy pudesse se recuperar totalmente de vários problemas de saúde que sofreu em 2019, incluindo uma queda, uma cirurgia no pescoço e até ficou hospitalizado devido a uma gripe.
Manson lançou seu décimo primeiro álbum de estúdio, “We Are Chaos”, em 11 de setembro pela Loma Vista Recordings. Produzido pelo vencedor do Grammy, Shooter Jennings (Brandi Carlile, Tanya Tucker) e Manson, a composição das dez faixas foi feita, gravada e concluída antes que a pandemia do coronavírus atingisse o mundo inteiro.
“Foi muito desagradável quando descobri que Ozzy não poderia fazer a turnê e que ele [tinha problemas de saúde], e isso foi antes de a pandemia chegar”, observou Manson. “Na época complicou meus planos porque eu queria lançar o disco em fevereiro ou março, como já estava pronto. [No final das contas, a turnê] teria sido cancelada de qualquer maneira [devido à pandemia].”