Diante da ativa liderança do tecladista Tuomas Holopainen nas composições e após as demissões de duas vocalistas de forma mal-explicada na perspectiva dos fãs, tornou-se comum a ideia de que a banda finlandesa Nightwish vive sob as rédeas das vontades incontestáveis do mencionado líder. No entanto, em entrevista recente à PlanetMosh, o baixista e vocalista Marco Hietala rebateu essa noção e ainda disse que participa bastante das composições.
Quando indagado sobre seu envolvimento composicional com a banda de Symphonic Metal, o músico respondeu: “Na verdade, bastante. Obviamente, Tuomas escreve a maioria das músicas e letras, mas há quatro ou cinco canções no último álbum que eu escrevi, algumas onde compus algumas linhas líricas, e então, quando nos reunimos nos ensaios e rearranjamos, a voz de todo mundo tem vez”.
Enfatizando a oposição à ideia ditatória, o baixista desenvolve mais: “Toda democracia tem um presidente, e Tuomas não é um ditador ou tirano – todo mundo tem vez na banda. Quando você compõe canções com os teclados, não dá pra realmente prever se algo vai ficar desconfortável para o baixista tocar, então às vezes as coisas terão que ser mudadas. Mas tem também o fato de que compartilhamos ideias livremente nos ensaios, então qualquer um aparece com algo e experimentamos e vemos se funciona, e é assim que funciona”.
Considerada a mais bem-sucedida banda finlandesa, o Nightwish foi fundado em 1996 e já lançou nove álbuns de estúdio e quatro discos ao vivo. Frequentemente o grupo é lembrado pela era em que Tarja Turunen estava nos vocais, momento em que grandes cartões postais foram lançados, como as canções “Nemo” e “Wish I Had An Angel”. Atualmente a holandesa Floor Jansen (ex-After Forever) ocupa a linha de frente, e seu primeiro trabalho com a banda saiu em 2015, intitulado “Endless Forms Most Beautiful”, cuja turnê inclusive passou pelo Rock In Rio 2015, no Rio de Janeiro.