Está aqui uma banda que mergulha profundamente nas águas do rock clássico. Originária de Boston, Massachusetts (EUA), a Mad Painter não esconde suas influências que, nitidamente, permeiam pela década de setenta. Em função disso, o seu novo single “Debt Collector” não traz apenas essa aura, mas também proporciona momentos de nostalgia com seu tema e melodia datados. O grupo iniciou a sua trajetória em 2015, mas Alex Gitlin (vocal e teclados), Alan Nahabedian (guitarras), Alan Hendry (bateria), Kenne Highland (baixo), Julie Gee e Sharon Crumrine (flauta e backing vocals) são veteranos no mundo da música. Isso justifica o belíssimo arranjo musical.
O primeiro lançamento da banda foi o álbum autointitulado de 2016. Depois disso, sete anos se passaram até a chegada do segundo que recebeu o nome de “Splashed”. Ambos, inclusive, gravados com a inegável magia que adorna nomes como Deep Purple, Nazareth, Uriah Heep etc. Então, se você é um rockeiro experiente, ou se é alguém jovem que não se contaminou pelas inúmeras futilidades musicais da atualidade, prepare um bom lugar na sua play list para esta banda, pois ela veio para te conquistar. “Debt Collector” é música de melodia encantadora e possui uma pegada certeira. Por conseguinte, sua harmonia escorre com fluidez em nossos ouvidos.
A melodiosa canção começa com um riff doce de blues, mas o vocal de Gitlin exprime uma técnica despojada como a de David Lee Roth. No entanto, “Debt Collector” é bem mais orgânica do que qualquer música de Van Halen. Essa música também homenageia aquela turma que embalou os anos setenta, sobretudo o grande tecladista Jon Lord, motivo pelo qual Alex usa um Hammond monstrão amplificado em um Marshall. Para dar mais emoção a este lançamento, a letra é uma coautoria do poeta Dmitry M. Epstein, que deixa tudo mais profundo e emocional.
Outro aspecto interessante de “Debt Collector” são os solos encaixados na música. Primeiramente, Alex executa pequenos trechos em duas etapas com uma precisão vaguardista. De maneira idêntica, Nahabedian detona com a mesma sagacidade dois solos instigantes e empolgantes. Sem esquecer, temos que brindar a produção que oferece ao ouvinte uma atmosfera proporcional à proposta da música. Sem maquiagens e com sonoridade perfeita, tudo que você ouve aqui deve cair direto em seu conceito de rockeiro veterano, ainda mais que as gravações foram feitas no estúdio de ninguém menos que Tom Hamilton. Pare de fazer o que está fazendo e venha conferir isto!
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