Durante a quarentena causada pela pandemia, o vocalista João Gordo (R.D.P.) e o guitarrista Antonio Araújo (Korzus e Matanza Ritual) decidiram colocar em prática um antigo desejo de fazer um projeto musical juntos. Assim nasceu o Lockdown, completado por Rafael Yamada (baixo, Claustrofobia e ex-Project 46) e o baterista Bruno Santin (Endrah). O primeiro single, “Archangel”, será lançado em 10 de dezembro pela Blood Blast, subsidiária digital da gravadora alemã Nuclear Blast. A faixa faz parte de um EP intitulado “Unholy Ceremony Heretic”, que será lançado em fevereiro. “A inspiração do nome do grupo é uma alusão ao ‘trancafiamento’ compulsório que o vírus gerou em nossas vidas, trazendo desafios, preocupações, depressão, incerteza e também, no lado bom, uma explosão de criatividade”, explicou Antonio Araújo.
“Archangel” também será acompanhado de um videoclipe, dirigido e editado por Raul Machado. “É um diretor conhecido da época da MTV, que já fez diversos clipes famosos de bandas como Raimundos, Planet Hemp e muitas outras”, observou o guitarrista.
Sobre a temática antirreligião, tema próximo do black metal, o guitarrista e compositor de todo o material explica que Arcanjo Helel é um dos nomes de Lúcifer. “Essa música tem um pé no thrash metal, mas revela o tipo de death metal que o Lockdown faz. Possivelmente, é a mais forte do material, trazendo um refrão marcante e ritmo intenso, que ditam as características do grupo de entregar composições violentas, diretas e rápidas.”
Além da união de músicos conhecidos, o Lockdown traz João Gordo cantando de forma mais brutal do que nunca. Porém, a surpresa é voltar a vê-lo cantando em inglês, algo que não fazia desde 1993 com “Just Another Crime in… Massacreland”, lançado pelo Ratos de Porão. “Eu não gravo em inglês porque, especialmente com relação à credibilidade, além de não dominar a gramática do idioma, tenho que fazer letras confiáveis. O recado do Ratos de Porão é melhor dado em português, pelas músicas serem bastante particulares e com coisas do nosso país”, explicou João Gordo. “Não gravo um disco completo em inglês desde ‘Massacreland’. Até gravei outros sons em inglês na época do ‘Feijoada Acidente’, mas eram covers. Quando Antonio me convidou, as músicas e letras já estavam prontas. Achei que seria difícil, mas, quando comecei a cantar, funcionou. Até com sotaque mais ou menos e pronúncia aceitável”, acrescentou o vocalista.
Gordo revelou que, além de quatro músicas em inglês, o repertório do EP conta com uma faixa em português, intitulada “Desprezo”. “Fiquei feliz porque nunca tinha feito death metal na vida. No começo, fiquei meio puto com o Antonio porque, como sou do punk, as coisas que faço saem tudo meio quadradinho e sou condicionado àquela métrica e tempo. Só que as músicas do Lockdown são todas com uns tempos meio doidos, 7 por 5, coisas assim, que não são naturais para mim. Por isso, pastei um pouco para encaixar, mas, no final das contas, o efeito da junção minha com Antonio, Rafael do Claustrofobia e Bruno do Endrah deu um bagulho muito bruto, muito death metal e com um resultado acima da média. Deixou a gente assustado. Já falei para o Antonio para fazermos um LP em inglês, totalmente bruto”, detalhou o vocalista.
A arte gráfica dos singles, do EP e o logotipo da banda foram criados pelo renomado artista Alcides Burn (Burn Artworks). O material, que será lançado mundialmente pela Blood Blast em 5 de fevereiro de 2021, terá diversos lançamentos físicos no Brasil e em outros países. “No Brasil, o selo All Music Matters irá lançar o EP em vinil 12″ one side e em CD”, concluiu o guitarrista.
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