Live of My Life: W.A.S.P. – The Sting

Em se tratando de W.A.S.P., sempre encontrei muitas dificuldades em expressar uma “opinião crítica” (não pessoal) em relação ao som da banda, apenas pela razão de eu considerar, inevitavelmente, a obra e/ou discografia dessa banda simplesmente PERFEITA. Sei que parece exagero, mas, cada nota gravada nesta extensa “coleção de disquinhos”, na minha modesta e humilde opinião, é o que existe de melhor no Mundo Metal.

Como expressei CLARAMENTE, esta é a MINHA OPINIÃO. E, cada qual com a sua, certo?

Eu “descobri” a banda em uma época remota, dentro da “Era de rebeldia adolescente dos anos 90′”, quando nos reuníamos com os amigos para, além de curtir uns tragos, degustar boa música. Meu primeiro contato com o W.A.S.P foi em uma dessas maravilhosas reuniões, oportunidade em que um nobre amigo (abraço Artorius) colocou a agulha pra gastar o precioso tesouro intitulado “THE HEADLESS CHILDREN“. Acredito ser este, até hoje, meu trabalho favorito da banda, se é que seja possível para mim identificar um.

Lembro-me nitidamente da sensação, ainda nestes dias em que respiro… aquela introdução (da música The Heretic) me capturou por completo, me levando a um estado de transe hipnótico. O mundo se obscureceu ao meu redor, e eu apenas “obedecia” ao som daquela canção macabra. O que sobreveio depois foi um oceano de pura destruição: moshs insanos e “voadoras” pra todos os lados. Eu soube naquele momento que eu havia descoberto algo que faria parte de mim pelo resto da minha vida, independente de minha vontade.

Passei então a “caçar” os demais discos da banda, ficando ensandecido pelo conhecimento de que: havia outros! Não vou conseguir neste momento lembrar a ordem de aquisição de todos (e sim, atualmente tenho todos, em todos os formatos que existe).

Nesta matéria, dentro do contexto e proposta da mesma, escolhi o disco ao vivo batizado de The Sting, pelo célebre motivo de que passei simplesmente 1 ano “levando porrada nas orelhas” quase que diariamente com esse play, em virtude do anúncio de que um de meus sonhos pessoais seria realizado: o W.A.S.P., FINALMENTE, iria aportar em terras tupiniquins!

O ano era 2005, e naquele inverno macabro (foi frio “pacas“) de junho, este sonho seria realizado. Digo 1 ano como estimativa, porque claro, a notícia chegou antecipadamente ao nosso conhecimento, sendo que eu naquela época, também, acessava ao site oficial da banda quase que sempre, fantasiando que um dia, esse dia/sonho se realizaria – ver o W.A.S.P. ao vivo.

O disco The Sting apresenta o que mais se aproxima do show que estive presente – na cidade de Curitiba/PR – há aproximadamente 600 kms da minha terra natal. Fomos em quatro amigos, em uma D20 cabine dupla, carinhosamente batizada de “Hummer”. A apresentação que presenciei do W.A.S.P. naquela noite consistiu em um show exclusivo de clássicos, ou seja, os 4 primeiros discos praticamente. De soma, ainda conhecemos os poloneses do Vader, pois, chegamos com quase 10 horas (!) de antecedência no local. Meu ingresso, foi o de número 14!

With VADER

The Sting foi, portanto, o disco que alimentou (ainda mais) o meu fascínio pela banda, e sadicamente, também a angústia da espera por aquele que foi um dos dias mais promissores de minha vida. Além de tudo, temos a felicidade de poder vivenciar sempre que desejarmos essas sensações maravilhosas, assistindo ao espetacular DVD deste show (The Sting).

Além dos clássicos imemoráveis e fadadamente obrigatórios da banda, temos algumas canções do disco Helldorado (o último de estúdio lançado um ano antes do The Sting) que considero fantásticas ao vivo. É um disco que mostra uma fase mais “sombria” de Blackie Lawless, se é que existiu uma fase assim. Me refiro neste ponto que, após o álbum The Idol, Lawless praticamente abandonou aquelas roupas espalhafatosas coloridas e cheias de penduricalhos, para aderir quase que integralmente ao preto. E considero bem melhor assim.

W.A.S.P. – The Sting
Lançamento – 28 de novembro de 2000

Gravadora – Apocalypse/Snapper

FAIXAS:

Helldorado
Inside the Electric Circus
Chainsaw Charlie (Murders in the New Morgue)
Wild Child
L.O.V.E. Machine
Animal
Sleeping (In the Fire)
Damnation Angels
Dirty Balls
The Real Me
I Wanna Be Somebody
Blind in Texas

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