Este, sinceramente, foi um dos shows pelo qual eu daria um braço para estar presente. Ou uma perna, tanto faz… Ver Ozzy, sempre é fantástico, mesmo nos dias atuais, em que o Madman já esta desviando da Dona Morte… há verdadeiramente mais tempo do que muitos acreditavam. A energia que este homem demanda é contagiante. Impossível não se emocionar, e partilhar da alegria que inunda os palcos com sua presença. Ozzy sem dúvida, merece todos os títulos e honrarias que lhe são dirigidas. Ele é mesmo o “Príncipe das Trevas“, o “Deus do Metal“. Claro, dizer que seria ele “o melhor vocalista de todos os tempos”, vejo como um exagero, bem como, algo muito pessoal a ser proferido desta forma, vulgarmente. Mas, indubitavelmente, Ozzy detém grande importância na história da humanidade.

Imagine-se, por um momento, presenciar, ao lado de Ozzy, nada mesmo que Zakk Wylde, Robert Trujillo, e de cabo, não menos importantes, John Sinclair e Mike Bordin. Quando ouço a expressão “time all-stars”, é exatamente isso que me vem à mente. Uma formação máxima, espetacular. Fãs de Randy Rhoads, Jake Lee e Gus G. podem até me xingar. Mas, apenas esperem que eu conclua o pensamento: Também sou muitíssimo fã destes mestres da guitarra que mencionei. Na verdade, não obstante, Ozzy sempre primou por guitarristas excelentes. Nada mais justo, pois, estava em um patamar que poderia exigir nada menos que isso. Acredito que cada fase da banda, e cada álbum, representa um sentimento, uma existência, dentre tantas que vivemos em apenas uma vida. Randy era enérgico, vivaz! Jake era rápido, porém, mórbido, obscuro. Gus G., considero um meio termo entre os dois. Mas, ao meu ver, o verdadeiro (e maior) mestre da guitarra do time de Ozzy, sempre foi Zakk Wylde. Tanto pode-se tomar isso como verdade, se levarmos em consideração o fato dele ter sido o guitarrista que mais contribuiu com a banda, e que mais tempo permaneceu nela. Zakk, por sua vez, junta todas as qualidades dos mencionados anteriormente, e conseguiu dar ainda mais vida às canções clássicas da banda, com se jeito único e exclusivo de tocar guitarra. Há quem diga que “a avalanche” de harmônicos soa um tanto exagerado, e até mesmo, irritante. Mas, gosto é gosto, e há espaço para todas as opiniões, certo? A que vos escrevo é a minha. Concorde comigo, ou apenas respeite, e deixa a sua… e ainda seremos do mesmo time, dos que amam Ozzy, indiferente de qual fase for. Por fim, digo que, as melhores canções da banda, obviamente, são obras dele (Zakk) – jamais menosprezando os clássicos, é obvio!

Este show foi gravado em 15 de fevereiro de 2002 no famoso Budokan Hall em Tóquio, Japão, mas, ainda está vivo em nossos corações. Sempre que escuto este disco, ou ainda melhor, assisto a este show, a emoção que sinto é de como se estivesse lá, de como se eu tivesse mesmo ido ao evento. Acredito que este seja o objetivo de shows de Metal (como este), é de criar vida dentro de cada um de nós, emoções para sempre.

https://www.youtube.com/watch?v=dhFTlL8HggE
Ozzy Osbourne Live At Budokan 60FPS

Eternos clássicos como Bark at Moon, Crazy Train, Mr Crowley, Mama I’m Coming Home e Believer se fazem presentes neste show, e ainda, dividem espaço com “os novos clássicos” (que de novos não têm nada…) No More Tears, Road to Nowhere e I Don’t Want To Change The World. E pra finalizar o espetáculo, não poderia faltar Paranoid – apesar de que esta, na minha singela opinião, está bem longe de ser a melhor música do Sabbath… talvez, a mais aclamada. Vai entender…

A primeira vez que vi Ozzy Osbourne (em carne e osso) foi no show do Madman no Monsters Of Rock, em 2015, na cidade de São Paulo. O evento ocorreu no Anhembi – no vulgo “sambódromo” – e lá, naquela verdadeira “Babilônia“, eu concluí o quanto somos pequenos.

No ano seguinte, em Porto Alegre/RS, tive o privilégio de vê-lo novamente num show do Sabbath, na turnê “The End“. NR: já escrevi sobre esta experiência aqui mesmo, neste quadro. Se ficou interessado, abaixo, temos o link da matéria.

https://roadie-metal.com/live-of-my-life-black-sabbath-the-end-tour-2016/

https://roadie-metal.com/live-of-my-life-black-sabbath-the-end-tour-2016/

Finalizando, podemos afirmar que este show deve também ser considerado um “clássico” da discografia do Madman. Temos aqui canções das várias fases da carreira da banda – obviamente, sempre irá faltar “aquela”… – dentro de uma apresentação memorável. Quem nunca assistiu, ou ao menos ouviu, eu me pergunto: “What’a Hell??”

Banda:

Ozzy Osbourne – vocal
Zakk Wylde – guitarra
Mike Bordin – bateria
Robert Trujillo – baixo
John Sinclair – Teclado(Sintetizadores)