Essa é uma lista que tende a ficar cada vez mais estática ao longo dos anos. Os discos ao vivo, a partir de determinado momento, deixaram de ser o retrato de uma fase histórica de uma banda/artista para tornarem-se algo como souvenirs de uma turnê e, com isso, foram perdendo sua relevância, seu impacto, pelo excesso. Hoje em dia, quando um show já está disponível quase instantaneamente, nos youtubes da vida, essa relevância tende a ficar cada vez mais diminuída. De qualquer forma, aqui estão dez exemplares que resistem ao tempo e aos novos meios de fruição da música, tão essenciais agora como o foram em suas épocas…
Deep Purple – Made In Japan (1972)
Ao longo dessa lista, um ou outro disco pode ser contestado em favor da presença de algum que não tenha sido mencionado, mas “Made In Japan” provavelmente permanecerá intocável. É uma espécie de Santo Graal nesse tipo de trabalho e registra toda a perfeição da Mark II sobre o palco.
Kiss – Alive! (1975)
Consta que vários discos dessa lista sofreram algumas remexidas em estúdio. “Alive!” sempre é mencionado no meio desse rol, mas o produto resultante preservou a mística da experiência de um show e, ao final, é isso que importa. Trata-se de um pacote tão completo que a mera contemplação da capa parecia me tragar para dentro do estádio onde o show acontecia. Não foi à toa que esse álbum representou a virada na carreira da banda, alavancando suas vendas dali em diante.
AC/DC – If You Want Blood You´ve Got It (1978)
A grande quantidade de boxsets especiais que a banda colocou no mercado em seus anos mais recentes, principalmente a caixa “Bonfire”, amenizaram o único defeito que esse disco possui: ser simples e não duplo. O registro do que eram os shows na fase Bon Scott mostra que o AC/DC era tão visceral quanto a representação da capa permitia imaginar.
Scorpions – Tokyo Tapes (1978)
O Scorpions tem moral suficiente para ostentar dois álbuns duplos ao vivo que poderiam estar nessa lista. A vontade de colocar “World Wide Live” aqui foi grande, pois por muito tempo ele foi meu favorito, mas, em uma recente audição, “Tokyo Tapes” assumiu a liderança. Um empate técnico vencido por alguns milésimos…
Judas Priest – Unleashed In The East (1979)
Esse disco, para mim, também tem um pequeno defeito: o som da participação da plateia está muito baixo. Basta comparar com os demais da lista. Fora isso, não há o que contestar… É a materialização do verbete “Heavy Metal” em forma de vinil e papel. Um álbum para ser assimilado e estudado, como de fato o foi, por tantas bandas que surgiram no seu rastro.
Queen – Live Killers (1979)
Uma banda única, diferenciada, sem comparativos ou paralelos, e com um repertório de pura emoção, que replica os mesmos adjetivos.
Motorhead – No Sleep Til Hammersmith (1981)
A própria capa já parece transmitir a ideia de barulho, volume e velocidade! Para muitos, o disco definitivo de uma das bandas que influenciou o nascimento do Thrash Metal.
Iron Maiden – Live After Death (1985)
O disco certo no momento certo. Aqui o Iron Maiden, na sequência de sua maior turnê, cravou definitivamente sua supremacia no universo do Heavy Metal.
Ozzy Osbourne – Tribute (1987)
A exaltação da memória não precisa ser melancólica. Ela pode ser alta, explosiva, vibrante, tal qual acontece nesse disco que honra a memória de Randy Rhoads. “Tribute” é uma das mais belas e respeitosas homenagens já feitas a um companheiro de banda prematuramente perdido.
Twisted Sister – Live At Hammersmith (1994)
O representante mais novo dessa lista não é tão novo assim. Na verdade, apesar de ter sido lançado em 1994, o show aqui gravado foi realizado dez anos antes, em 1984, durante a divulgação do álbum “Stay Hungry”. Sabe todas aquelas histórias de que o Twisted Sister intimidaria outras bandas escaladas para tocarem depois deles? Bom, ouça o disco e você verá que elas tem um forte indício de verdade…
E você, leitor, concorda com a lista acima? Ou discorda? Dê a sua opinião!
Atenção: Essa lista representa única e exclusivamente a opinião de seu autor.