Se fôssemos relacionar dez álbuns representativos da atuação das mulheres no Rock/Metal quais seriam as opções? Abaixo segue uma lista:

Janis Joplin – Pearl (1971)

Pérola. Não poderia haver denominação mais sublime para esse disco da grande dama do Blues. Pérola é o nome do álbum, mas é como também poderíamos chamar Janis, a maior de todas as cantoras, insuperável até hoje, que cravou, nesse disco, canções de beleza sobrenatural como “Cry Baby”, “Buried Alive In The Blues”, “My Baby”, além de outros momentos antológicos da história da música, como “Move Over” e “Mercedes Benz”.

Renaissance – Ashes Are Burning (1973)

A magnífica cantora Annie Haslam não era uma integrante original do Renaissance. Ela veio se juntar ao grupo a partir do terceiro álbum, mas, já no quarto trabalho, o disco “Ashes Are Burning”, surgia ocupando um lugar de destaque na capa. Com Annie, o Rock Progressivo com elementos folks e clássicos da banda atingiu novos patamares e hoje não se concebe mais a idéia de um Renaissance sem a sua presença.

Suzi Quatro – Quatro (1974)

A capa do disco mostra bem quem é que manda ali. Suzi na posição dianteira, empunhando seu tradicional baixo Fender Precision. A cantora foi muito popular na América dos anos 70, com sua mistura de Pop Rock e Glam, numa linha que lembrava o que faziam bandas como o Slade, por exemplo. “Quatro” foi seu primeiro disco e trouxe hits como “The Wild One”, “Devil Gate Drive” e uma releitura de “Hit The Road Jack”, canção imortalizada por Ray Charles.

Runaways – Queens Of Noise (1977)

A banda revelou “apenas” os talentos de Cherie Currie, Lita Ford e Joan Jett. Dito isso, nada mais precisaria ser acrescentado, mas a Runaways, sob as orientações do lendário produtor Kim Fowley, tornou-se uma banda de imenso sucesso nos Estados Unidos e no Japão, com sua fusão de Hard Rock, Punk e Glam.

Blondie – Parallel Lines (1978)

Não é possível falar do cenário punk de New York sem mencionar a importância do CBGB. E não é possível falar no CBGB sem mencionar a importância do Blondie, a banda da cantora Debbie Harry, que foi uma das mais emblemáticas daquele período, com sua fórmula de Punk e New Wave. “Parallel Lines” se destaca na discografia do conjunto por trazer clássicos ainda atuais como “Hanging On The Telephone” e, principalmente, “Heart Of Glass”.

Girlschool – Demolition (1980)

Surgida na efervescência da NWOBHM, a Girlschool foi a primeira das bandas femininas, de maior relevância, que dedicaram-se a tocar especificamente Heavy Metal. E, mesmo dentro de um momento de tanta explosão criativa na música pesada, elas obtiveram uma posição de destaque entre seus pares, não por serem mulheres, mas pela qualidade e intensidade do que faziam e continuam fazendo até hoje.

Plasmatics – Coup d’Etat (1982)

No comando de uma das bandas seminais do Punk Rock americano, Wendy O. Williams não media limites em cima do palco, mas também, quando afastada dos holofotes, abraçava causas de proteção animal e vegetarianismo. Suas performances arrojadas aproximaram-na de nomes como Gene Simmons e, principalmente, Lemmy Kilmister, com quem manteve grande relação de amizade.

Warlock – Hellbound (1985)

Na época em que germinava uma banda por dia na Alemanha dos anos 80, o Warlock ganhou destaque por trazer a figura carismática de Doro Pesch à frente. Possuidora de uma voz rasgada e agressiva, Doro foi alçada ao trono de grande rainha do metal, mas hoje…. Hoje, continua ocupando o trono! E, pelo jeito, permanecerá com sua majestade incontestada por muito tempo ainda.

Nightwish – Oceanborn (1998)

Esse foi um daqueles discos que alavancaram o surgimento de uma longa lista de bandas clones. A proposta do Nightwish ofereceu novas idéias de união do clássico com o Metal e revelou a estrela e o talento inato da cantora lírica Tarja Turunen que, mesmo após a sua separação da banda que a revelou, prossegue em uma carreira solo detentora de merecido e inquestionável prestígio.

Arch Enemy – Wages Of Sin (2001)

Quando trocou o vocalista John Liiva, pela cantora Angela Gossow, o Arch Enemy explodiu em popularidade, graças ao impressionante vocal Death Metal e o carisma enérgico da artista alemã. Seu impacto foi, de certa forma, uma releitura, para os sons do novo século, do que Doro Pesch já tinha representado para o metal oitentista. Angela gravou seis álbuns com o Arch Enemy, até o momento em que decidiu abandonar o palco, mas prossegue trabalhando junto com a banda, cuidando de questões empresariais.

E você, leitor, concorda com a lista acima? Ou discorda? Quem deveria ter entrado? Heart? Jefferson Airplane? Rock Goddess? L7? Vixen? Como se costuma dizer, o melhor das listas é o que não está nelas, então dê a sua opinião!

Atenção: Essa lista representa única e exclusivamente a opinião de seu autor.

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