Kiss: Ace Frehley descreve maior dificuldade da banda para se estabelecer no início da carreira

É sabido por todos os fãs do KISS, que as coisas demoraram bastante para acontecer com a banda. Três ótimos álbuns de estúdio entre 1973 e 1975 (“Kiss”, “Hotter than Hell”, “Dressed to Kill”), mas com repercussão pífia, resolveram investir em um registro ao vivo (“Alive!”) para passar a energia proveniente dos shows e tentar uma “última cartada”. Em entrevista ao canal de Cassius Morris, com transcrição do Ultimate Guitar, uma das principais razões para o KISS ter demorado um pouco mais que o normal (para a época) em “engrenar”. O lendário guitarrista declarou que bandas consagradas não costumavam deixar que eles abrissem suas apresentações. O tema foi trazido após Ace comentar que assistiu ao primeiro show do Led Zeppelin, no Fillmore East, de Nova York. Que aliás, ele declarou como sendo a sua preferida de toda a história!

“Eles abriram para o Iron Butterfly e nunca vou me esquecer: eles simplesmente comandaram o público. E eram a banda de abertura. Depois que terminaram o show, metade da plateia foi embora. Foi constrangedor para o Iron Butterfly, mas todos foram para assistir o Led Zeppelin. Muitas pessoas da indústria musical estavam lá”, afirmou. A reputação do guitarrista Jimmy Page, conhecido músico de estúdio e que havia integrado o The Yarbirds, ajudou a trazer expectativa ao Zeppelin nos Estados Unidos. “Todos os caras na banda eram músicos de estúdio, com exceção de Robert Plant (vocalista), que era meio desconhecido. Ele era como um curinga, mas não existe alguém como Robert Plant, muito especial. Ninguém soará como o Led Zeppelin“, disse.

Em seguida, Ace Frehley fez uma comparação entre o show do Zeppelin que presenciou naquela situação com o KISS no início. “Muitas bandas não queriam deixar que a gente abrisse o show delas. Era difícil competir com a gente – as bombas, o fogo, as explosões, a fumaça… quem quer competir com isso?”, lamentou.

O músico acentuou que o KISS teve “um grande problema ao tentar buscar oportunidades para abrir shows”. “Então, tivemos que começar a fazer shows como atração principal. Muitas pessoas achavam que a gente era de Detroit, pois estávamos como atração principal do Cobo Hall, que tinha capacidade para 12 mil pessoas. Enquanto isso, em Nova York e na Califórnia, ainda tocávamos para 500 pessoas”, pontuou. O status do KISS só mudou com “Alive!”, através do sucesso meteórico da versão ao vivo de “Rock’n’roll all Night”. “Foi o álbum ao vivo que nos fez estourar. Viramos atração principal em todos os lugares por causa dele”, concluiu.

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