Jon Roger Band lança a visceral “We The People”

Se analisarmos bem, a banda Jon Roger Band e seu rock alternativo mesclado com hip-hop, é um grande oásis no cenário do rock brasileiro. Não, isso não é uma reclamação, porque temos bandas excelentes, diversas e de vários estilos, mas que não apostam tanto nessa fórmula, a não ser em covers do Rage Against The Machine.

Aliás, o RATM é uma das principais influências deste trio formado por Lucas Poltronieri, Carone Netto e o multi-instrumentista e produtor Ricardo Mendes, conhecido como “Cachalote”, que saiu do forno ano passado, pois surgiram em 2024. Mas, não estamos diante de pessoas inexperientes, pelo contrário, este novo som pode provar.

Estamos falando do single “We The People”, uma paulada visceral, com letras de protesto, onde a banda pode por seu oponente (se houver) contra as cordas. Sim, porque a faixa prima por unir o peso do rock e a imposição do rap, sendo o primeiro o principal mote.

A letra da nova composição segue uma premissa do Jon Roger Band, que tem cunho de manifestação social, por mais oportunidades e menos manipulação das mídias de massa e dos poderosos. Eles também costumam sempre homenagear pessoas influentes e conhecidas e, aqui, no caso, Eduardo Marinho, filósofo, ativista, artista plástico e escritor, é a bola da vez.

Musicalmente temos uma canção de guitarras gritantes, que não esconde as influências claras de Tom Morello, inclusive usando o estilo e efeito que o guitarrista eternizou. Ou seja, além dos riffs versáteis, tem aquela inclusão do whammy em um solo que acompanha o refrão, entregando de vez a inspiração.

Claro, “We The People” ainda conta com um trabalho primoroso da cozinha, que dita não só o ritmo, assim como injeta o ‘groove’ necessário na faixa, com uma coesão e pegada intensas. Há ainda uma passagem que ‘abrasilera’ a música, com inclusão de um berimbau, mas da forma mais discreta possível para não soar forçado.

E tudo isso com uma produção muito bem-feita, que explorou bem os recursos atuais e trabalhou para deixar o som mais orgânico possível, pois é isso que a música e seu tom visceral mais pedem.

E, enquanto lê essa resenha, o leitor deve estar se perguntando de onde surgiu o nome do trio. Pois bem, trata-se também de uma homenagem, na ocasião, a David “Jon” Gilmour e George “Roger” Waters, em um tributo semelhante ao feito por Syd Barrett ao batizar o Pink Floyd. Interessante, não?

https://jonrogerband.com

https://open.spotify.com/artist/77AkUp3YNp9Snnl84VRo0Q

https://www.youtube.com/@jonrogerband

https://www.instagram.com/jonrogerband

https://www.tiktok.com/@jonrogerband

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