O último trabalho de estúdio do inglês John Goldrust transporta aos nossos ouvidos alguma melodia, assim como acidez. Para ser mais específico, “The One To Call”, como foi batizada a canção é uma mistura de música com sentimentos inquietos. Talvez o riff formado por poucos acordes pode nos trazer essa sensação, no entanto, a melodia vocal do músico nos traz conforto e bem-estar. Dá para entender? Se não, escute essa obra que garanto a você que, pelo menos, se impressionará com alguma coisa. Um conselho: não tente inseri-la em nenhum estilo, pois não será tarefa fácil diante das várias opções.
O ideal é que, após conferir essa música, você possa visitar as outras gravadas anteriormente para medir o grau de evolução envolvido. Não será uma tarefa complicada, pois o britânico não possui tantos trabalhos por enquanto. Só digo que, até chegar em “The One To Call” muitas pedras rolaram e o que você encontrará demais na carreira desse cara é versatilidade. Isso é bom, nós sabemos, porque isso nos dá ideia de que o intérprete ou compositor nada em ideias boas que movimentam o pensar de muita gente. Adianto que Goldrust possui esses valores e, mais do que isso, não parece procurar estar entre os grandes, mas contribuir com a arte verdadeira.
Sabemos que os grandes da atualidade pouco se lixam para a arte, com exceção de alguns baluartes dos anos 70 que ainda estão ativos. Bandas como Black Sabbath e The Cult, que são algumas das influências de John fizeram coisas muito incompreendidas para suas épocas, mas logo conquistaram milhares de corações. John, com a ousadia do seu timbre despojado e sua voz peculiar pode estar seguindo esse mesmo caminho com “The One To Call”, uma música absolutamente despretensiosa, mas profundamente sentimental. A pergunta é: será que essa receita funciona em 2025?
Se “The One To Call” atravessou o oceano e chegou até aqui, no Brasil, sim! Funciona sim e digo mais, puxando da cena indie até os longos patamares do hard rock, milhares de pessoas estão dispostas a ouvirem novidades como essa. Em meio a esse cenário existem pessoas focadas na qualidade, simplicidade e utilidade de uma canção como essa: orgânica, limpa e livre de truques de estúdio. Aliás, não deixe de conferir a sua versão ao vivo. Algo que preciso dizer também é que aqui John fez tudo sozinho, ou seja, gravou todos os instrumentos, vocais, produziu.
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