O enérgico e sempre sorridente Clive Burr conduziu a bateria com maestria nos três primeiros álbuns do Maiden, culminando com o inovador “The Number of The Beast” em 1982. Bruce Dickinson afirmou que Burr era “o melhor baterista que a banda já teve”. A opinião foi proferida quando o vocalista estava fora do Maiden na década de 1990, e tal declaração pareceu uma provocação aos seus ex-companheiros de banda. Mas a importância de Burr para o legado do Maiden é enorme.

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Apesar de seu talento óbvio e seu comportamento encantador, o baterista foi outra vítima do estilo de vida “Rock ‘n’ Roll”, que veio com a crescente popularidade do Maiden no início dos anos 80. Anteriormente confiável no palco, Burr começou a ter problemas de desempenho na turnê “Beast On The Road”, muitas vezes presente no palco enquanto recuperava-se de uma ressaca. Da mesma forma que algumas outras pessoas na banda, Burr começou a ficar um pouco desleixado. Pecado capital. Steve Harris não toleraria por muito tempo.

Adrian Smith lembra o problema: “mantê-lo junto conosco passou a ser um problema, já que ele não aproveitava os dias de folga para descansar”. E Harris, preocupado com a realização da turnê, lembra-se de uma noite em que Burr “passou a maior parte do show vomitando em um balde ao lado de sua bateria.”

“Isso afetou a todos nós, no final”, conta Smith. E assim, na conclusão da turnê em dezembro de 1982, Clive Burr foi convidado a deixar a banda que o tornara famoso.