Honeyvolt distribui peso e versatilidade em novo EP “Sky on Fire”

Por meio de um poder supercativante, a banda Honeyvolt chega ao seu mais novo trabalho de estúdio, chamado “Sky on Fire”, com a mesma energia que acompanha a banda desde o seu primeiro lançamento nas plataformas digitais. Toda banda de hard rock possui influências que derivam dos anos setenta e oitenta. Neste caso, o Honeyvolt pode-se incluir nisso, pois sua estética e atitude são agregadoras a este princípio. Neste EP, a banda reuniu o que tem apresentado até agora como música, um presente para quem ama o bom e velho rock’n’roll, mas também é antenado às modernidades no cenário musical.

De cara, a música título “Sky on Fire” abre a relação de faixas do EP, jogando para cima todo baixo-astral que existir em você. Algo perceptível nesta galera de Atlanta, Georgea (EUA), é a influência muito forte de Foo Fighters. O peso, a alegria e a melodia gerados pelo trio, além da boa produção, diz muito sobre a qualidade técnica do Honeyvolt. Neste primeiro momento, a energia repassada ao ouvinte serve para instigar nos eventos mais monótonos, deixando o clima mais acalorado e empolgante. Destaque triunfante para o riff hard rock, embora a cozinha com a bateria destruindo tudo a sua frente também é surpreendente.

Na sequência, “Red Moon Rising” que anteriormente surgiu como versão acústica, desta vez apareceu como um furacão que se inicia timidamente, se tornando em seguida em uma propulsora fonte de ventania. Suas guitarras fortes, vocais marcantes e um solo nervoso, a deixa em uma categoria muito acima da média. Falando mais uma vez sobre a seção rítmica, é curioso como o baterista executa as suas partes sem perder a mão em um conjunto de viradas e fraseados demoníacos. Sem ficar muito atrás, o baixo conquista o seu espaço com tanta personalidade que chega a encabular até mesmo a comissão de frente.

Eu poderia dizer que o Honeyvolt é uma banda de indie rock, mas estamos diante de um grupo que, embora seja trio, possui muita complexidade em suas músicas para simplesmente ser chamado de banda de garagem. Já descobrimos que há elementos aqui que nos remetem ao grunge do Foo Fighters, mas também há aquela força eletrizante do AC/DC. Em “Red Moon Rising”, por exemplo, escorre outra influência que despeja em Living Colour. Agora veja o quão aleatórias são as impressões da banda, e mesmo assim chegam a um resultado tremendamente satisfatório. Tem que ser muito profissional e gênio ao mesmo tempo para fazer tudo isso funcionar. Parabéns!

Ouça “Sky on Fire” pelo Spotify:

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