País de Origem: França
Anos de Atividade: 2001 – 2014
Gênero: Death/Progressive Melodic Metal

Formada no ano de 2001, o grupo francês de Death Metal Melódico, Aabsinthe, é até os dias de hoje, uma grande incógnita para esses que vos escreve, não pelo fato de ser uma banda ruim, ou por pouca produtividade, mas sim por apresentar ao mundo dois excelentes discos, The Loss of Illusions (2005) e In Search of Light (2007) e desde o ano de 2014, nunca mais posicionar nenhuma opinião e novidades acerca da banda, deixando um marasmo enorme e sem entendimento.
Porém aqui não iremos discutir os motivos desta “abstinência” da banda, mas sim, sobre os dois discos que essa banda lançou. Para você compreender melhor, o Aabsinthe tem como influência direta, bandas consagradas do Death Metal sueco e logo após sua aparição com o lançamento do disco, The Loss of Illusions, recebeu inúmeras comparações com o Opeth por seu andamento mais progressivo, nuances de vocais guturais com vozes mais límpidas. Apesar das passagens mais limpas serem pouco exploradas, existe sim uma influência direta dos primeiros álbuns do Opeth no trabalho destes franceses.
Mesmo com essas influências, a banda conseguiu criar uma atmosfera própria em seu disco de estreia e momentos brilhantes podem ser conferidos nas músicas, Bleeding Faith e Beggin for Absolution, dois épicos sendo o primeiro com mais de 8 minutos e o segundo passando da casa dos 06 minutos de duração. Além destas faixas, todo o disco é trabalhado em faixas longas e com várias mudanças de andamentos, comprovando um talento incrível dos cinco integrantes, em progredir, acelerar e quando necessário, criar elementos melancólicos e suaves.
Passados dois anos do lançamento do primeiro disco, a banda ataca com o excelente, e aqui julgo ser uma obra-prima do estilo, o disco In Search of Light. A obra possuindo apenas 07 músicas, diferente do primeiro que tinha 11, apresenta faixas épicas sendo uma delas, A Long Walk to Touch the Sun com mais de 18 minutos.
Amadurecidos e com uma produção impecável, é notória a evolução dos músicos e principalmente, o alcance vocálico que preenche a música de forma mais concisa. Neste disco, o Aabsinthe traz aquela sonoridade criado pelo Gojira, onde as guitarras parecem uma locomotiva desenfreada, a proposta é muita mais técnica e ainda mais progressiva. Logo de cara, a música Darkned Sky, colocada às escuras para um fã do Gojira, o levará a deduzir seu alguma música nova do renomado grupo francês, mas não, era o Aabsinthe mostrando sua força e qualidades que com certeza, os fariam um dos nomes mais respeitados do mundo se ainda mantivessem suas atividades.
Neste disco, o Death Metal é colocado de lado e mesmo sendo representado pelo vocal gutural em 80% do disco, as progressões e mudanças rítmicas dão todo o contorno de cada uma das faixas. Outra experimentação muito bem colocada e perceptível em pequenas passagens, são as inclusões de arranjos sinfônicos e pianos, que criam atmosferas ainda mais melancólicas e cadenciadas.
In Search of Light é um álbum sublime e incansável de ser escutado. Soando moderno e preciso, o disco inteiro proporciona vários sentimentos distintos, desde a vontade de sair batendo cabeça e quebrando tudo, como a perplexidade de ficar imóvel para não perder nenhuma das variações criadas no disco.
Impossível destacar somente uma faixa deste play, o material é simplesmente maravilhoso e se você é fã de Gojira, assim como eu, irá ficar estupefato com essa obra tão singular, única e que tinha tudo para colocar o nome do Aabsinthe como uma das grandes bandas dos anos 2000.
The Loss of Illusion (2005)

01 – Ex Nihilo
02 – Near Death Experience
03 – Delirium Tremens
04 – Begging for Absolution
05 – The Silent Agony
06 – Frozen tears
07 – Bleeding Faith
08 – Absenth
09 – Slaves
10 – The Great Escape
11 – Endless Fall
In Search of Light

01 – A Darkened Sky
02 – Dead Leaves
03 – Fragments
04 – Gravity Leads to Dark Places
05 – Bitterwrath
06 – In search of Light
07 – A Lonk Walk To Touch the Sun
Formação:
Sylvain Navarro – Bateria
Hugo de Villoutreys – Guitarra
Pierre Arnoux – Guitarra/Vocal
Romain “Boobs” Gayton – Baixo
Romain Chacornac – Teclado