“On The Edge” é o segundo disco da banda Heinsenberg e ouvindo as dez novas músicas do trabalho, notamos que se trata de uma banda versátil. Mesmo assim, diante de diversas influências e elementos que encontramos, também encontra-se um grupo com muita personalidade, pois há uma assinatura fixa nas composições.
“Ardi Beltza”, faixa de abertura, por exemplo, nos revela um grupo flertando com o rock alternativo e o metal com uma produção que deixa o som atemporal (assim como é no disco todo). Mesmo sendo uma música instrumental (não se encaixa como ‘intro’, pois tem mais de 3 minutos), ela traz esses elementos e a pitada clássica de progressivo que aparecem em todo o disco.
“Wolf”, a faixa seguinte, mata a charada. De ritmo quebrado, a música transita facilmente pelo metal, rock alternativo, trazendo leves toques de progressivo. O vocal se encaixaria perfeitamente no heavy metal tradicional, pois bebe na fonte de Bruce Dickinson e cia, o que, convenhamos, é um privilégio.
O diferencial do Heinsenberg é o fato de possuírem um trabalho de guitarras simples, que prioriza os riffs, dando claras influências do grunge, mas com solos mais elaborados. A seção rítmica tem pegada e um baixo muito marcante.
Destaque ainda para faixas como “Rogue Wave”, que é pesada e ‘grooveada’, a quase punk sintetizado “Demise” e “The Tide” um progressivo dramático belíssimo. No final das contas, “On The Edge” é um tremendo disco!
