Localizado no extremo noroeste da América do Sul, este pequeno país guarda uma notável experiência à seus turistas. Tanto no aspecto histórico quanto aos naturais, o Equador é fascinante. Com uma população de mais de 15 milhões de habitantes, e tendo Quito como capital, o país é repleto de lindas passagens, vulcões e um povo extremamente acolhedor.
A ilha de Galápagos é o ponto mais turístico mais famoso do país. Galápagos é conhecida por ter uma fauna singular com espécies raras de iguanas, tartarugas, além de aves que estão a beira da extinção. A culinária local tem como prato mais famoso o cuy, uma espécie de porquinho-da-índia servido no espeto e fritado no óleo.
A pandemia também atingiu fortemente o Equador. O país chegou a ser em determinado momento, o epicentro do continente sul-americano, e o isolamento social ainda segue firme no país.
Porém, o assunto aqui é Heavy Metal, e como não podia deixar de ser, esse país não faz feio. Como já relatamos aqui em nossa página alguns países do nosso continente, o Equador não poderia ficar de fora da seção Heavy Metal Pelo Mundo. Então vamos lá:
BLACK SUN
Apesar de ser uma banda relativamente nova, o Black Sun já rompeu as fronteiras equatorianas faz tempo. Com uma sonoridade que remete ao Power Metal alemão, a banda poderá fazer a alegria de fãs de Primal Fear (coincidência ou não, “Black Sun” é o nome de um dos discos dos alemães). No próximo mês, a banda soltará um novo EP que contará com participações especiais de respeito como a de Henning Basse (ex-Firewind), além de integrantes de bandas como Sonata Arctica, Lordi, dentre outras. O clipe abaixo, “Resist” conta com a participação da vocalista Netta Laurenne (Smackbound). Uma banda que ainda pode estourar ainda mais, até por cantar em inglês, algo pouco comum nas bandas locais. Entendo ser atualmente, o principal nome do Heavy Metal equatoriano.
BLAZE
Pioneiros do Thrash Metal equatoriano, infelizmente, a banda encerrou suas atividades e hoje, é uma banda cult. Podemos chamá-los de “O Sepultura Equatoriano’, só que sem a mesma representatividade internacional. No início da carreira, cantavam em espanhol, depois partiram para o inglês, idioma em que gravaram seus 2 discos de estúdio, “Six Feet into Reality” (1998) e “Blaze” (2002). Adrenalina, rapidez, letras fortes, a banda entrou para a história.
BAJO SUEÑOS
Quando o assunto é Hard Rock, o Bajo Sueños é o primeiro nome que vem a mente de qualquer fã local. Os shows da banda vivem lotados, sendo uma banda que pode agradar desde os headbangers até os fãs de um Rock tradicional. A voz de Mauricio Calle tem um timbre agradável que combina perfeitamente com o Hard Rock. As letras em espanhol, ajudam na popularidade da banda em seu país. Seu mais recente trabalho, “Fuerza Infinita” (2015) foi lançado de forma independente com uma tiragem de apenas 300 cópias.
AZTRA
Outra bandaça made in Equador. Lá, também tem Folk Metal. Com 20 anos de carreira e 6 trabalhos de estúdio, a banda é altamente indicada para fãs de bandas como Alestorm por exemplo, apesar da diferente temática das letras. Ah, e também cantam em espanhol, o que os fazem soar únicos (ou quase!) na cena metálica. Outro fato que chama a atenção, é a excelente produção de seus videoclipes, que só por isso, já merecem uma conferida. Seu mais recente trabalho é “Guerreros” (2015), lançado de forma independente.
HEMISPHERY
Guardadas as proporções de tempo de atividade, história e carreira internacional, o Hemisphery é o Angra equatoriano. Em sua página do Facebook, a banda anunciou recentemente que está a procura de um novo vocalista. Virtuosismo, teclados em alta, tudo aquilo que os fãs de Prog metal adoram, tem no som do Hemisphery. E ainda são novos, lançaram um único trabalho, “Synthesis” (2016). Outra banda pra ficarmos de olho!
DESCOMUNAL
Apesar de ter apenas 1 disco de estúdio em seus 18 anos de carreira, o Descomunal é uma banda única no país. Thrash e Groove Metal recheado de peso, velocidade e riffs pesadíssimos, vale e muito a pena conhecê-los. O álbum “Invalorable” (2007) é cultuado no país, e de lá para cá, a banda lançou digitalmente uma compilação intitulada “2002-2019” com toda a sua discografia. Cantada em espanhol, é fácil imaginar a banda cantando por exemplo, faixas como “Plata O Plomo” do Soulfly. Banda que maltrata o pescoço!
ENTE
Com 25 anos de carreira, o ENTE é outro patrimônio histórico equatoriano. Típico Death Metal Old School com passagens de Doom Metal, dá pra sacar que os caras ouvem Heavy Metal desde crianças e assimilaram várias influências, talvez o Obituary seja a maior delas. A banda tem em sua carreira participações em shows e festivais internacionais, não fosse o idioma, poderiam facilmente passar por uma banda norte-americana a um ouvinte desavisado. Seu som é sombrio e potente, fãs de Death Metal vão adorar. O 3º e mais recente trabalho, “Nascido Muerto” (2019) está disponível no canal da banda no YouTube na íntegra. Vale a pena conhecer!
C.R.Y.
Black Metal cru, ríspido e sujo no melhor estilo Gorgoroth e Dark Funeral, porém com um visual completamente diferente. Em atividade a mais de 25 anos, o C.R.Y. é o Sarcófago equatoriano, é repleto de clássicos do Black Metal. Apesar do tempo, a banda lançou em 2017, seu único trabalho de estúdio, “Panteonmurgo”, porém possui vasta discografia de demos que hoje são itens disputados a tapa pelos fãs locais. Quem gosta do estilo, pode conferir tranquilamente.
BASCA
Outro nome importante da cena, o Basca iniciou sua carreira como filhos do Thrash Metal. Com uma discografia consistente e 5 trabalhos de estúdio, o Basca já tocou por exemplo, com bandas como Metallica, Megadeth, Kreator, dentre outras. Atualmente, a banda deu uma amansada no som, e flerta com o Heavy Metal tradicional. As letras politizadas do início da carreira, deram lugar a frases cotidianas, frutas do amadurecimento musical, nem sempre bem vindo pelos fãs. O mais recente trabalho é o EP “Es Hora de Pelear” (2018). Ao lado do Black Sun, talvez seja a banda de mais destaque internacional do Equador.
Espero que tenham curtido nossa viagem por esse incrível país da América do Sul. Ainda abordaremos aquele em nossa página, outros países aqui do nosso continente, como o Peru, por exemplo. Certo é, que o mundo é enorme e com a facilidade da internet, temos a oportunidade de desfrutar de sons de todos os cantos do planeta, e a “Heavy Metal Pelo Mundo” ajuda a contar essa história. Semana que vem tem mais. Até lá!
