Heavy Metal na América do Sul – XI

O norte e o sul do continente representados em mais um giro pela diversidade do Metal sulamericano

Estigma – Peru

Uma banda veterana do cenário Death/Thrash peruano, o Estigma lançou seu primeiro álbum em 1997 e a sequência dezenove anos depois, com o ótimo “Revenge”. De lá pra cá, 4/5 da formação da banda permaneceram inalterados e é daí que provêm a sonoridade bem calcada nos aspectos mais básicos dos estilos, coisa que – diga-se de passagem – as bandas peruanas manuseiam com perícia ímpar. Algumas pontuações esporádicas de Crossover também podem ser percebidas e só ajudam a enriquecer a personalidade do Estigma.

Solipsismo – Equador

O Death Metal equatoriano tem, na pessoa do guitarrista Daniel Ortega, a figura de um representante dedicado. Dois discos lançados no ano de 2017, naquele país, carregam a sua assinatura. O primeiro foi o álbum “Bestemmia”, da banda Subliminal; o segundo, é o disco de estreia do Solipsismo, denominado “Sangre Antiqua”. Este último, tem mais aspectos de projeto paralelo, pois é formado apenas por Ortega e o vocalista Gabriel Cuesta, acompanhados de uma bateria eletrônica e convidados que se revezam entre as faixas. Oscilando entre temas instrumentais e cantados, o disco apresenta a música extrema em sua forma mais elaborada, com muita técnica demonstrada na execução das faixas e uma produção excelente, que permite a apreciação plena de cada aspecto das composições.

Arritmia – Paraguai

O quarteto Arritmia fez uma estreia bem competente. Seu álbum “Oscuridad y Luz” tem uma bela capa que traduz com legitimidade o conteúdo musical que possui. Uma mescla de Metal Progressivo, com fortes doses de AOR e algo de Hard Rock na mistura. Em certos momentos lembra as coisas mais diretas de um Queensryche. O vocalista e guitarrista Rodney Arevalo revela-se um excelente intérprete para esse tipo de música.

Bosc Fosc – Venezuela

Representando a linha Dark Ambient, intercalada com músicas que vão ao extremo do Raw Black Metal, o Bosc Fosc traduz as reflexões existencialistas que surgem da imersão na natureza e na solidão. Arrel é o nome do músico por trás de tudo nesse projeto que já lançou três demos e um álbum, “Ramificación Del Alma”, além de uma coletânea aglutinando duas de suas demos, tudo de forma independente.

https://www.youtube.com/watch?v=FXsHTXuNh4E

Tol Sirion – Uruguai

Foram cerca de treze anos entre a formação da banda e a entrega de seu primeiro álbum, mas a espera valeu a pena. De cara, chama atenção o trabalho gráfico de muito bom gosto e que casa à perfeição com seu Death Metal de temas épicos e bélicos. A sonoridade é modernizada apenas o suficiente para que não se descaracterizem os elementos que identificam o estilo, reforçados aqui por arranjos bem variados entre si.

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