Heavy Metal Na América Do Sul – VII

Os estilos mais extremos exercem o seu domínio no território sulamericano, mas o Thrash e o Power Metal mantém suas posições de destaque. Conheça as novas cinco bandas apresentadas em nossa coluna:

Stormthrash – Venezuela

Desde que lançou a sua primeira demo, em 2011, a Stormthrash passou apenas por uma mudança de formação, com a entrada de Dario Guillen, na posição de baixista, substituindo Adrian Sanchez, que participou da gravação da Demo “War Death Terror” e do EP de 2012, “Stormthrash”. Esse entrosamento transparece na audição de seu primeiro recém-lançado álbum “Systematic Annihilation”, cuja produção favorece sobremaneira a fruição de sua música calcada em algumas pitadas de Destruction circundadas por características próprias, resultando em faixas eficientíssimas na linha de “Burn This Town” e “The Art Of Destruction”.

Asilo – Argentina

O termo Avant-Garde Metal sofre da tentativa de tentar definir um padrão de música que rejeita definições precisas. Não existe uma fórmula para esse subestilo, e ele geralmente caracteriza-se pela mistura de formas extremas  e desafiadoras de fazer Metal. O Asilo, natural de Buenos Aires, trafega nessa ausência de acomodação, conforme pode ser percebido pela quantidade de Splits que a banda participa. Em sua música, pode-se rapidamente partir de uma levada Blackgaze ou experimental e explodir subitamente em levadas de Hardcore Crust ou de Sludge, passando por alguns momentos que tangeciam o Drone Metal. “Comunión”, seu primeiro álbum, lançado em 2014, irá lhe apresentar tantas variáveis e opções de arranjos, que irão lhe manter ocupado o suficiente, caso você se proponha a tentar decifrar a musicalidade ali contida.

Black Sun – Equador

A caminho de completar duas décadas de existência, a Black Sun, originária de Guayaquil, no Equador, demonstra uma seriedade e dedicação ímpar na forma como conduz sua carreira. Seu segundo álbum, “Dance of Elders”, foi gravado na Alemanha, onde a banda teve a oportunidade de trabalhar com músicos como Kai Hansen e Dirk Schlachter, do Gamma Ray. Para o terceiro e mais recente disco, “The Puppeteer”, a empreitada não poderia ser diferente e a gravação ocorreu em Helsinque, na Finlândia, sob a batuta de Timo Tolkki e Santtu Lehtiniemi. O resultado é um álbum de Power Metal vigoroso e moderno, soando por vezes como um misto de Stratovarius e Grave Digger, em músicas tão melódicas quanto fortes.

Slayground – Paraguai

O Slayground faz aquele tipo de Thrash Metal onde a palhetada surge como se fosse quase uma espécie de ser vivo, um membro a mais dentro da formação da banda. O disco “Critical Thinking”, lançado em 2014, traz onze faixas impecáveis, com grande trabalho de guitarra, em solos e bases, que evidenciam as influências da banda, muito calcadas no som do Onslaught antigo, principalmente no que se refere ao modo de cantar de Camilo Ramírez, que lembra bastante a dicção de Sy Keeler. Imagine esse tipo de som, acrescido de backing vocals no estilo Nuclear Assault, e você poderá formar uma ideia sobre como é o som do Slayground, além de criar expectativa para a chegada de seu segundo disco, que já está sendo gravado.

Sepultus Est – Peru

Tendo à frente a figura do tecladista e vocalista Lord Sepultus, a banda Sepultus Est exerce o seu Funeral Doom nas altitudes peruanas, com melodias fúnebres cantadas em sua língua natal e que ornamentam os longos temas sombrios que compõem o seu segundo álbum “En El Marmóreo Laberinto Donde Sueñan Los Muertos”. O disco foi lançado em 2016 e é dividido em três composições, onde a faixa-título estende-se por quarenta minutos de viagem soturna, angustiante e carregada de cinzenta beleza.

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