Quando um leigo ouve falar de heavy metal, logo imagina homens cabeludos, vestidos de preto, repletas de adereços metálicos, camisetas estampadas com imagens demoníacas ou letras indecifráveis e corpos repletos de tatuagens estranhas.
De maneira geral, isso é típico de uma visão preconcebida a respeito, fundamentada em senso comum, fruto de desconhecimento a respeito do assunto e por vezes configura um notório senso discriminatório em relação a algo que julga como inferior do ponto de vista social.
A estereotipação [categorização] do sujeito ‘metaleiro’, traz consigo uma carga negativa do ponto de vista social, já que ele é visto e tido como ser marginal, alvo de críticas por quem assume essa visão distorcida a respeito e acha que o fato de ser e agir como metaleiro, o distancia de uma convivência normal em sociedade por se tratar de um ser sem educação ou sem equilíbrio emocional – o que não condiz com a realidade.
Uma pesquisa recente, realizada pelo Doutor em psicologia e fã de metal, Nick Perham, afirma que ouvintes de heavy metal e suas variações, conseguem lidar de forma positiva com sentimentos de raiva e frustração enquanto ouvem suas bandas preferidas. Sim, metal faz bem ao cérebro.
Uma das explicações possíveis é que por conta do seu estilo violento e intenso, essa música tenha efeito semelhante ao da atividade física intensa e que por conta disso, sirva de válvula de escape para fins de liberação de hormônios cerebrais essenciais no combate ao stress, através da sensação de prazer.
A neurociência está de acordo com o fato de que ouvir metal faz bem para a saúde física e mental, o que é consenso entre a maioria dos metaleiros que se prezem. Basta perguntar a qualquer um deles sobre qual a sensação de ter assistido ao show de sua banda predileta e certamente ouvirá algo como: “Caaaara! Foi o melhor show da minha vida!”.
Quem sabe isso seja uma promissora reviravolta nessa questão do preconceito, já que nem todo metaleiro deve ser visto como um risco iminente, um ser adorador de demônios ou um psicopata em potencial. E para além disso, ainda há o fato de que nem todo metaleiro segue um estereótipo visual e ainda que o adote, isso não faz dele um ser abjeto e incapaz de conviver em sociedade. Muito pelo contrário. Basta ver personalidades como Bruce Dickinson, frontman do Iron Maiden e seu vasto currículo.