A década de 90 foi sinistra para algumas bandas; experimentaram demais, se perderam e outras até mesmo saíram dos trilhos, caso deste play do Sabbath.

O próprio guitarrista Tony Iommi disse em “Tony Iommi – Iron Man: Minha Jornada com o Black Sabbath”, capítulo 72 nas páginas 325 e 326: “A gravadora sugeriu que a gente trabalhasse com um produtor mais moderno. Não paravam de falar a respeito do cara que produziu Ice-T: era Ernie Cunnigan, o guitarrista da banda dele, Body Count, mais conhecido como Ernie C. Disseram que trabalhar com ele nos daria um pouco mais de credibilidade, porque achavam que a tínhamos perdido. Sabe como é: a empresa contrata esses jovens gênios que têm ideias brilhantes que não funcionam. E essa empresa era uma delas, mas concordei, um tanto indiferente. Cozy também não se empolgou com a ideia e agora consigo entender o porquê. A produção era terrível. Lá estava eu, trabalhando com alguém que vinha do hip-hop. Não havia nada de errado nisso, mas eu não estava familiarizado com aquilo e a situação abriu uma nova caixa de Pandora para mim.”

Bom, verdade seja dita; até a capa é de dar nervoso, mas para ser sincero, tirando a primeira música “”The Illusion of Power” (com participação de Ice-T), que considero a PIOR canção do Black Sabbath, existem grandes faixas no disco.

Forbidden é o décimo oitavo álbum de estúdio da banda de rock inglesa Black Sabbath, lançado em 20 de junho de 1995. Essa gravação reuniu a formação do disco Tyr de 1990, com o retorno de Neil Murray e Cozy Powell. Foi o último álbum a apresentar Tony Martin nos vocais, Geoff Nicholls nos teclados e o último da banda até 2013, quando Ozzy Osbourne e Geezer Butler retornaram para o álbum 13. O álbum vendeu 21.000 cópias nos EUA em sua primeira semana e, a partir de 2013, Forbidden vendeu 191.000 cópias nos EUA.

O álbum recebeu uma resposta geralmente negativa de críticos e fãs. Após seu lançamento, a banda passou por várias mudanças na formação e se viu em uma encruzilhada na carreira. No entanto, o vocalista original do Black Sabbath, Ozzy Osbourne, se reconciliou com o guitarrista Tony Iommi pouco tempo depois.

A gravação de Forbidden seguiu algumas mudanças de formação dentro da banda, com Butler substituído por Murray e Powell retornando logo após a turnê de 1994 com Cross Purposes. A escrita e os ensaios aconteceram na Bluestone Farm, no País de Gales, antes da gravação no Parr Street Studios, Liverpool, em dezembro. De acordo com uma entrevista de julho de 1995 de Tony Iommi para a estação de rádio WBCN de Boston, o álbum levou 10 dias para ser gravado.

Musicalmente, o lançamento se baseia nos estilos tradicionais de Heavy Metal, além de influências do blues.

Os membros da banda já falaram sobre suas opiniões contraditórias sobre o álbum. O vocalista Tony Martin expressou seus sentimentos em uma entrevista em julho de 2011, durante a qual afirmou: “Bem, eu quero dizer ‘porcaria’, mas na verdade não é”. Ele acrescentou que achava que as músicas funcionavam nos ensaios, mas outros fatores, como rumores de uma reunião da formação original do Black Sabbath, e a gravadora que queria “pegar o álbum e ver o que o Ice-T queria fazer”, deu ao álbum um “distinto mal-estar”. Martin também afirmou que nunca acreditou que um álbum “Run-DMC/ Rap Sabbath” funcionaria. Rob Zombie teceu alguns elogios no lançamento, afirmando: “Existe uma maneira fácil de descobrir o poder duradouro do Black Sabbath. Há sempre certas bandas que obtêm uma ótima reação e o Black Sabbath é sempre uma delas”.

Ouça e tire suas conclusões no dia em que ele comemora 25 anos.

Faixas:
“The Illusion of Power” (featuring Ice-T) 4:51
“Get a Grip” 3:58
“Can’t Get Close Enough” 4:27
“Shaking Off the Chains” 4:02
“I Won’t Cry for You” 4:47
“Guilty as Hell” 3:27
“Sick and Tired” 3:29
“Rusty Angels” 5:00
“Forbidden” 3:47
“Kiss of Death” 6:06

Formação:
Tony Iommi – guitarra
Tony Martin – vocal
Cozy Powell – bateria
Neil Murray – baixo
Geoff Nicholls – teclados

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