Gutlock ressurge com o segundo álbum que traz a faixa destruidora “Warden’s Grip”

Em fevereiro de 2024, a banda alemã de Leipzig, Gutlock, estreou com um álbum pesadíssimo chamado “The Conclusion”. Suas oito músicas sugeriam um metal extremo moderno, cheio de ‘feeling’ e ‘groove’. Destaques como “Falling” e “Addicted” logo subiram ao conceito de quem aprecia distorções arranhadas, peso bruto, pegada ensurdecedora, além de refrãos melódicos. Tais artifícios acabaram por inserir a banda em vários rótulos, como death metal, metalcore e djent. Além da densidade abafada que emerge dos riffs, o Gutlock também trabalha divinamente as melodias, se tornando uma banda altamente técnica e competente. Seus vocais guturais, alternado com vocalizações mais limpas fecham o combo de estridência e leveza do som.

Depois disso se pensou em lançar um novo álbum, mas antes resolveram abrir mais caminho com singles. Dessa maneira, em dezembro de 2024, o Gutlock entregou um single mais pesado, mais louco e infinitamente eletrizante. Sem ignorar a essência que a pôs em evidência no cenário mundial, a banda apresentou a música “Hate You” que definiria o novo rumo desses germânicos. Aqui, se fez presente a pegada cadenciada, que representa o groove, a velocidade que preserva o poder de imersão da banda e um solo de guitarra muito bem encaixado, embora curto.

Ainda junto com o então novo single, saiu a canção “Never Get Me”. Esta, no entanto, trouxe mais versatilidade com trechos de nu metal dividindo espaço com bases brutais e vocais cavernosos. Esta música, embora um pouco mais introspectiva do que tudo que o grupo já tinha feito até aqui, buscou mais diversidade sonora. Isto é um ponto positivo, pois mostra que o Gutlock não está interessado em compor ideias engessadas. Com clima denso, sonoridade sombria e um pouco de melancolia, “Never Get Me” ajudou a fazer a ponte para o novo álbum “The Abstinence”, que chegou em 2025.

Produzido inteiramente pela própria banda e distribuído digitalmente pela RecordJet, “The Abstinence” extrapolou os limites do peso logo na primeira canção, “Warden’s Grip”. Com vocais muito mais odiosos, guturais e melódicos, a canção é estruturada na afinação, assim como na violência. Observando mais um pouco as linhas sonoras desta música, percebe-se a evolução rápida que a banda passou ou se encontra. E não é só nos riffs inteligentes, porrada sonora e refrão harmônico, a produção também deu um passo a mais na qualidade. Além das distorções poderosas, pegada rápida nas palhetadas e boa relação entre a cozinha, “Warden’s Grip” acaba se tornando o melhor cartão de visitas da banda.

Ouça “Warden’s Grip” pelo Spotify:

Saiba mais em:
https://gutlock.bandcamp.com/album/the-abstinence
https://youtube.com/@gutlock?si=H8CodnUZu6khT7-h
https://www.instagram.com/gutlock_official?igsh=MW9hbGRjMHYxcXNzYg%3D%3D&utm_source=qr

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