Grunge Entrevista #08: banda KILLING IN A BAD MOON “Buscamos a autenticidade, intimidade e liberdade durante a execução”

Grunge Entrevista é um quadro criado por mim, Helton Grunge, para entrevistar bandas e artistas do Rock e do Metal. Tudo feito de uma forma direta e descontraída, tentando abrir espaço para que o artista fale sobre seu trabalho. Hoje no Grunge Entrevista você confere um papo com a banda Killing in a Bad Moon.

Killing in a Bad Moon é uma banda de Rock que traz em sua sonoridade referências de várias vertentes distintas da música pesada. a banda já tem quatro faixas lançadas que podem ser conferidas nas plataformas digitais. Confira abaixo a entrevista e saiba mais sobre a banda!

Helton Grunge – E aí, galera da KILLING IN A BAD MOON, beleza? Muito obrigado pela entrevista. Vamos começar pelo começo: como surgiu a banda?

Um encontro em um bar chamado 92 Graus, um dos palcos mais conhecidos da música underground de Curitiba – PR. Lá estavam integrantes de várias bandas dos anos 90, que vivenciaram importantes episódios da música do Brasil na época. Depois de umas cervejas e umas risadas, o André me convidou (Nilo) para uma brincadeira sonora e foi nesse primeiro ensaio que conheci o Ton (baixo). Acabamos desenvolvendo uma sonoridade juntos; o Cassio veio mais tarde e entrou parecendo que sempre cantou com a gente, uma crueza na voz, gritos guturais e o negócio assumiu outra proporção.

Helton Grunge – Não existe lugar melhor para uma banda iniciar do que na mesa de um bar. E diz aí para a galera: qual a proposta sonora da banda? Falem um pouco sobre.

Temos muitas influências: elementos do Heavy Metal clássico ao Metal Alternativo, Garage Rock, Blues, Punk, Pós-punk, Stoner Rock, Hard Rock “sem firulas”, Rock Psicodélico, Gothic Rock; todos eles estilos reais em nossa vivência. Assim, compomos ambiências sonoras com momentos ora vibrantes e furiosos, ora sombrios, soturnos e hipnóticos.

Helton Grunge – Esta liberdade sonora de vocês certamente é o elemento central para uma sonoridade sem limitações. Já que há tantas referências e tantos caminhos para poderem traçar, falem um pouco sobre como as composições da banda são feitas.

Gostamos da “coisa” mais crua, preferimos o “ao vivo” e que transpareça essa particularidade. Buscamos a autenticidade, intimidade e liberdade durante a execução, a influência da métrica (sem guia ou metrônomo) na velocidade da execução, a ambiência, o clima, e a interpretação/poesia sendo construída dentro dessa dinâmica. Um tempo em que tudo está artificial e distante, copiado e colado infinitas vezes. Músicos, suor, sangue e interpretação; “Roots of our souls”, uma frase que ajuda a traduzir a nossa busca.

Helton Grunge – Sim, este som visceral é bem fácil de ser enxergado no trabalho de vocês. Agora falando individualmente de cada um: quem são os integrantes da banda? Falem um pouco sobre vocês.

Cassio Linhares – Vocal
Andre Massad – Bateria
Ton Zanoni – Baixo
Nilo Ferreira – Guitarra

Participamos separadamente de vários projetos como:

  • Zeitgeist Co., Holy Death, Shades Before Dawn (Cassio),
  • Resist Control, Lágrima de Peixe, Tsunami (Andre),
  • Dj Allen, Squalidus Johnsons, Tsunami (Ton),
  • MaTeMa, Boi Mamão, Skuba, Orquestra Organismo (Nilo),

Helton Grunge – Vocês comentaram sobre a espontaneidade do som de vocês e da busca pelo visceral; falaram também sobre o processo de gravação. Agora, expliquem melhor para o público o porquê de gravarem tudo ao vivo e o que diferencia a sonoridade do trabalho de vocês.

Sinceridade é o que buscamos imprimir no som e a forma que encontramos para traduzir isso, é tocar e gravar ao vivo. Tocamos todos no mesmo ambiente, isso nos trás outros tipos de obstáculos na gravação, como a captação dos áudios; mas como temos um baixista “expert” em capitação de áudio, facilitou a construção desse processo.
Gravar ao vivo não é novidade, muitas bandas utilizam deste método, no nosso caso, queremos transparecer sinceridade, realidade, autenticidade, intimidade e liberdade no áudio; mas nunca deixar a qualidade fora desta equação. Estamos recebendo “feedbacks” legais do pessoal que ouve pela primeira vez; nos falando sobre esta impressão crua. O que nos deixa muito felizes!!

Helton Grunge – Entendi. Não é uma novidade mesmo, mas em tempos artificiais como os nossos, ver bandas trabalhando desta forma soa diferente e é legal mostrar ao público. Falem um pouco, agora, sobre os trabalhos lançados e o que acharam do resultado.

Estamos com 4 músicas rodando em inglês e todas com o mesmo DNA “rooteza”.
Cold Deep Water e Bounce Back Higher são mais pesadas e têm andamento mais rápido, mais nervosas. Ambas falam sobre desafios individuais, existenciais, de perdas e conquistas. Bounce é mais direta e crua, Cold tem mais metáforas e imagens poéticas, fala do nosso vazio, solidão e nossas batalhas.

Permanent Holiday é mais lenta e carrega uma identidade sombria tanto na melodia/harmonia, quanto na letra e em muito do seu acabamento, assim acaba tendo um lado introspectivo. E a primeira lançada, Everlasting Earth, tem um embasamento político, expõe uma situação, mas deixa espaços para a reflexão e discussão.

Gostamos bastante do resultado sonoro, imprimimos a autenticidade e a simplicidade que buscamos.

Helton Grunge – Realmente, a impressão que a música traz casa muito com a proposta que pretendem como banda. E nesses tempos difíceis: como tem sido passar pela Pandemia? Estão compondo algo? Gravando?

Nada fácil! Mas aprendendo muito em como aproveitar as poucas oportunidades e como muitos, individualmente passamos por perdas de pessoas queridas e outras dificuldades. Estamos com outras músicas em processo e agora aguardando a vacinação evoluir. E voltar a gravar!

Helton Grunge – Entendi! Bom saber que já têm mais material para apresentar. Já falem aí para a gente: quais os próximos passos da banda? O que pretendem fazer daqui para frente?

Apresentar nossas novas músicas e shows: queremos tocar!
Seguiremos evoluindo esse nosso processo, concentrados em entregar qualidade nas composições e gravações, sempre com as raízes na sinceridade e autenticidade.

Helton Grunge – Muito obrigado pela entrevista, certamente vai mostrar um pouco melhor sobre a KILLING IN A BAD MOON para o público. Para finalizar agora: deixem uma mensagem para o público.

Amantes do Rock, estamos em todas as plataformas digitais (Spotify, SoundCloud, Youtube, etc…) procurem pelo nome completo da banda, Killing in a Bad Moon, nos sigam nas redes sociais, teremos várias novidades para liberar e obrigado pela oportunidade.

Para saber mais sobre a banda Killing in a Bad Moon, basta clicar nos links abaixo.

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