Grunge Entrevista é um quadro criado por mim, Helton Grunge, para entrevistar bandas e artistas do Rock e do Metal. Tudo feito de uma forma direta e descontraída, tentando abrir espaço para que o artista fale sobre seu trabalho. Hoje no Grunge Entrevista você confere um papo com Cedro.

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Primeiramente, parabéns pelo trabalho. Antes de mais nada, vamos falar do início da banda: como e quando tudo começou? Por que sentiram necessidade de lançar trabalho autoral?

Éramos um bando de adolescentes no Colégio de São Bento de Olinda, afim de impressionar as meninas, e o Rock Nacional estava em contínua efervescência, como RPM, Barão, Legião, Paralamas, Titãs, Ira!, Ultraje a Rigor, entre tantos outros. E nós montamos uma banda de garagem, chamada Estilo Livre para começarmos a tocar nas festinhas e eventos do colégio. Nas mesma linha, outros amigos montaram suas bandas também, só que com outra vertente, como Fabinho Trumer (Eddie) e Lúcio Maia (Chico Science), onde dividimos palcos. Isso tudo no final dos anos 80. O trabalho autoral amadureceu com a idade mesmo, passamos a compor e dessa mistura de influências, foram surgindo novos sons e composições, as quais fomos colocando nos shows para sentirmos a receptividade da galera. Para a nossa surpresa, as músicas foram sendo aceitas e pedidas nestas apresentações.

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A banda começou em 2010, mas é notável que as influências musicais de vocês vem de antes. Deu para sentir influência de Hard Rock (principalmente nas linhas de guitarra) e do Rock Nacional anos 80 nas melodias e letras. Mas falem mais das influências que compões o trabalho de vocês.

As influências foram essas acima, mas tbm tivemos U2, Pink Floyd, The Police, Queen, David Bowie, Simple Minds e mais recentemente, Red Hot e Nirvana. Inclusive essa influência mais Hard nos fez procurar um novo nome para a banda que remetesse a essa resiliência e “casca grossa”, características inerentes ao cedro.

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Falem um pouco do material que vocês já têm lançado e onde o público já consegue conferir. Além disso: estão planejando lançar algo novo em breve? O que vem de novidade por aí?

Temos três de nossas composições no Spotify e Deezer, bem como três cliples de um show que fizemos no Teatro da Livraria Cultura em Recife, todas autorais. Mas estamos reproduzindo essas músicas e lançando duas novas que serão as de trabalho: “O Dia é Mais Bonito(com você)” e “Entre Nuvens e Trovões” que estarão no Spotify e Deezer até Abril e estamos fechando uma turnê de lançamento a partir de Julho em São Paulo, Rio, BH e Brasília.

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As letras de vocês trazem ideias positivas, em busca sempre de melhorar o astral e buscar alegria, até em momentos complicados. O que faz a banda compor assim? Qual a mensagem que buscam passar para o público?

Inspiração e fé: esses são alguns dos sentimentos que queremos provocar nas pessoas que escutam nossas canções. Não precisa da chancela de nenhuma religião ou divindade criada pelo homem para você ter no seu coração aquilo que te faz viver as mais diversas e controversas sensações. “Amor e ódio”, “Alegria ou Tristeza”, “Verdade ou Culpa”, fazem parte desse arcabouço de melodias dentro do nosso momento de compor. Parafraseando Bob Dylan: ” A melhor coisa que você pode fazer por uma pessoa é inspirá-la.” e o grande Gil: “Andar com Fé eu vou.”

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A banda é de Recife – PE e já se apresentou em festivais da região. Como é a cena autoral por lá e como tem sido a receptividade do público com a obra de vocês?

Recife é uma cidade de vários ritmos e cenários musicais. Desde a Ciranda, o Coco, Maracatu, o Frevo, passando pelos mais recentes como o Brega, Hip Hop, Reggae entre outros. Aqui também sempre teve sua cena do Rock Underground super em voga. E como falei acima, cada um transitou livremente nessas batidas. A dificuldade continua sendo “Herculana” em conseguir espaços seja pelo poder público, seja privado em mostrar o seu trabalho e atingir mais pessoas, já que as oportunidades são cada vez mais exclusivas e menos inclusivas para novos talentos da cena musical, num berçário natural de artistas que tiveram que buscar essa valorização fora de Recife. Mas apesar de toda dificuldade, temos feito a divulgação em shows e apresentações para nosso público das nossas canções e o reconhecimento tem sido evidente ao ver as pessoas cantando nossas musicas e reverberando-as pelo Brasil e Mundo afora, onde recebemos outro dia um Italiano cantando e tocando nossa musica “O Dia é Mais Bonito (com você)”, o que nos causou alegria e surpresa.

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Qual o próximo passo da banda? Aonde querem chegar?

Estamos construindo nosso lugar na cena musical e espaços como este da Roadie Metal são essenciais para bandas autorais que querem mostrar seu trabalho. Oportunidades de divulgar e tocar cada vez mais nossa musica. Mas no Rock in Rio e Lollapalooza a gente zera a contagem…

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