Girls on The Front: Patti Smith, a poetisa do punk

GIRLS ON THE FRONT é um quadro criado por redatoras para falar sobre mulheres e para encorajar outras a continuar o seu objetivo na música e, para isso, contaremos a vida e carreira de mulheres no metal brasileiro e internacional. E hoje vamos falar sobre a lendária Patti Smith.

Cantora, compositora, escritora, poeta, ativista política, ufa! Não é à toa que Patti Smith é uma das mais importantes mulheres no rock e no cenário cultural atual. E é consagrada como uma mulher que revolucionou no movimento punk, no auge dos anos 70.

Com nome de batismo Patricia Lee Smit, a cantora nasceu em Chicago no dia 30 de dezembro de 1946. Mas foi com o nome artístico Patti Smith que trilhou o seu caminho.

Assim, tornou-se proeminente durante o movimento punk, já em seu álbum de estréia, Horses em 1975. Em Com ele, mostrou o queria falar, declamar, desabafar e transbordar, com lado feminista e intelectual à música punk. E ganhou a alcunha de “poetisa do punk”.

Filha de pai ateu e mãe testemunha de Jeová, Patti se mudou para Nova York, ainda na juventude. Após um período de dificuldades financeiras na família, desembarcou na cidade grande. Mas as dificuldades continuaram, e ela chegou a dormir na rua e passou fome, até encontrar um emprego como caixa em uma livraria. Onde conheceu Robert Mapplethorpe.

Ambos dois tiveram um relacionamento durante certo tempo, apesar de Mapplethorpe ser homossexual e mantiveram uma grande amizade até à morte de Mapplethorpe em 1989, vítima da AIDS.

Vida musical

Em 1974, Patti Smith fazia shows, inicialmente com o guitarrista e arquivista de rock Lenny Kaye, e mais tarde com uma banda inteira que compreendia: Ivan Kral (guitarra), Jay Dee Daugherty (bateria) e Richard Sohl (piano).

Essa formação gravou o primeiro single, “Piss Factory/Hey Joe“, em 1974. Posteriormente, The Patti Smith Group assinou contrato com Clive Davis da Arista Records, e em 1975 foi lançado o primeiro álbum de Smith, Horses.

Este é considerado por muitos como o melhor álbum de estréia já lançado por um artista. Ele começa com uma cover da música Gloria de Van Morrison e as palavras de abertura emitidas por Smith são umas das mais famosas na história do rock: “Jesus died for somebody’s sins…but not mine” (Jesus morreu pelos pecados de alguém…mas não pelos meus).

Já o segundo álbum da banda, Radio Ethiopia, reflete um som mais cru. Apesar de ser menos acessível que Horses, Radio Ethiopia recebeu poucas críticas.

Mas durante a turnê de Radio Ethiopia, Smith pisou em falso e caiu de um palco altíssimo em Tampa, Florida quebrando vértebras do pescoço. Depois do acidente, Patti teve que se submeter a um longo perído de repouso e de fisioterapia intensiva.

Contudo, Patti passou por um longo período longe dos palcos, devido a inúmeras tragédias em sua via. Além do acidente, viu Mapplethorpe morrer de aids. e após cinco anos, teve a a perda do marido e pai dos dois filhos, o roqueiro Fred “Sonic” Smith.

Ressurgimento

Depois da morte de seu esposo e de seu irmão, seu amigo Michael Stipe do R.E.M. e Allen Ginsberg sugeriram que ela voltasse à atividade. Assim, em 1995 Patti excursionou com Bob Dylan. No ano seguinte, ela trabalhou com seus colegas na gravação de Gone Again que incluía About a Boy, um tributo a Kurt Cobain.

Depois do lançamento de Gone Away, o Patti Smith Group gravou três novos álbuns: Peace and Noise em 1997, Gung Ho em 2000 e Trampin’ em 2004.

Smith foi curadora do Meltdown Festival em Londres, Inglaterra durante junho de 2005. Esse foi um dos mais bem sucedidos festivais que Meltdown já produziu, com virtualmente todos os ingressos vendidos.

Em 10 de julho de 2005, Smith foi nomeada uma líder da Ordre des Arts et des Lettres pelo Ministro da Cultura na França. Além de sua influência na esfera do rock and roll, o ministro mencionou o apreço de Smith por Arthur Rimbaud, consolidando a grandeza desta grande poetiza no mundo do rock.

Literatura

Com toda a sua alma poética no punk, não foi surpresa que Patti Smith revelasse o seu talento também na literatura. Aos 72 anos, lançou o mis recente livro, “O Ano do Macaco”. E sua vida de escritora começou em 2010, com “Só Garotos”.

Na obra, Patti se revelou uma grande memorialista ao narrar de forma sensível a sua relação de profunda amizade com Robert Mapplethorpe e que lhe rendeu o National Book Award em 2010.

Fonte: Wikipedia, Uol, Veja, Companhia das Letras e Casa Vogue.

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