Girls On The Front: Bia Giovanella (Spleenful) – Acredito que ainda estamos em um processo de mudança, com as mulheres exigindo mais igualdade, a sociedade está mudando num todo

GIRLS ON THE FRONT é um quadro criado por redatoras para falar sobre mulheres e para encorajar outras a continuarem o seu objetivo na música e, para isso, contaremos a vida e carreira de mulheres no metal brasileiro e internacional. Nessa edição, conheceremos mais sobre a Bia Giovanella vocalista da banda Spleenful.

Roadie Metal: Olá Bia, seja bem vinda a Roadie Metal, primeiramente me fale sobre suas influências e o motivo pelo qual levou você a gostar de Rock/Metal.

Bia: Comecei a gostar de rock na adolescência, com uns 12 anos descobri que gostava de Evanescence, Guns n Roses, Linkin Park, tudo que ouvia na rádio, depois disso fui conhecendo outras bandas por indicação de amigos, mas não me lembro exatamente a origem de gostar de rock, parece simplesmente que eu gostava, que eu me encaixava com aquela música e aquele grupo de amigos.

Roadie Metal: Você é uma musicista primeiramente por formação, quais foram suas dificuldades ao longo de sua carreira como vocalista de uma banda de Metal?

Bia: Comecei a cantar aos 14 anos por influência de um amigo, ele era baterista de uma banda na época e eu já gostava de metal, ele me convidou pra fazer um teste pra cantar na banda dele, acabei conhecendo Épica e After Forever e percebi que eu não sabia cantar nada, então resolvi entrar no coral da cidade onde eu morava pra aprender a cantar e foi lá que aprendi boa parte do que sei hoje. Ao longo dos anos, resolvi ingressar na faculdade de música, mas minha formação é além de piano popular, licenciatura, atualmente trabalho como servidora da educação, ou seja, professora, dou aula de música para alunos da pré escola ao 9° ano.

Roadie Metal: Quais são suas inspirações e como aprendeu a cantar?

Bia: Minha primeira inspiração foi Amy Lee, foi a primeira cantora mulher que tive contato no rock, depois conheci a Tarja no Nightwish e me inspirei nela, na Tarja, e me inspiro até hoje pra cantar, escolhi pra me formar na graduação no dia 17/08 que é o dia do aniversário dela, justamente por que sou muito fã. Como disse acima, aprendi a cantar no coral da minha cidade, depois de uns anos fazendo aulas no coral e com o maestro, senti que deveria aprender mais, ingressei no Coral da PUC/RS e depois na Ospa, que pra mim foi o ápice da minha carreira como cantora, lá as obras eram mais difíceis, cantei óperas (a caráter) conheci e aprendi a cantar musicais, que hoje acabou se tornando uma paixão.


Roadie Metal: Me fale sobre suas contribuições na banda Spleenful

Bia: Entrei na banda em 2012, quando era somente eu e o Tiago Alano, eu não tinha muitas contribuições no início, pois não tinha conhecimento em composição, mas me lembro que o Tiago me enviou a Absinthe Love Affairs e eu criei a melodia da voz que é a mesma até hoje e ali eu percebi que era realmente o que queria fazer, ser vocalista de banda de metal, como a minha influenciadora Tarja Turunen haha. Atualmente, eu estava ajudando na composição dos teclados, como é minha formação e estávamos sem, resolvi assumir essa responsabilidade e está indo super bem, claro, além de continuar compondo as minhas melodias.

Roadie Metal: Você acha que a presença das mulheres no Underground, seja como vocalista ou qualquer outro tipo de função nas bandas ou até mesmo nas divulgações contribui para igualdade de gêneros?

Bia: Acredito que ainda estamos em um processo de mudança, com as mulheres exigindo mais igualdade, a sociedade está mudando num todo, até mesmo na música, mas analisando de 2010 pra 2021, por exemplo, aumentou a presença das mulheres e fico contente em saber que estamos ganhando cada vez mais espaço.

Roadie Metal: Por último, você acha que as mulheres apoiam a presença feminina no Rock/Metal?

Bia: Acho sim, mas acho que ainda existe uma “panelinha” elas ajudam entre as pessoas que elas gostam, querendo ou não, todas nós mulheres temos personalidades diferentes, então acaba sim, uma ajudando a outra, mas mantendo aquelas mesmas pessoas. Quando entra alguém novo naquele meio, já é diferente, acho que normal estranharmos o diferente, o novo, comum de qualquer ser humano.

Acompanhe o trabalho da Bia pelo Instagram:

@biangiovanella
@spleenfulband

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