GIRLS ON THE FRONT é um quadro criado por 4 redatoras para falar sobre mulheres e para encorajar outras a continuar o seu objetivo na música e, para isso, contaremos a vida e carreira de mulheres no metal brasileiro e internacional. E nossa homenageada de hoje é Alissa White-Gluz, vocalista da banda Arch Enemy.
Alissa White-Gluz nasceu em Montreal, Quebec no Canadá, em 31 de julho de 1985. Aos 34 anos, ela é uma das figuras mias populares no metal atualmente. Seu poderoso vocal gutural a faz ter destaque, por ser um estilo dominado pelos homens. Mas com técnica e talento, a cantora mostra a que veio.
Alissa iniciou a carreira em 2004, ao fundar a banda The Tempest, que depois mudou o nome para The Agonist. Em dez anos no grupo, ficou conhecida pela sua marca registrada que é o vocal agressivo. Além disso, conquistou status de musa entre os fãs, mas ela sempre fez questão de não ligar para este rótulo.
Alissa no Arch Enemy
Em 2014, Alissa recebeu o convite para substituir Angela Gossow nos vocais do Arch Enemy. Aliás, a própria Angela que fez questão de convidar a nova vocalista.
De cara, Alissa conquistou os fãs do Arch Enemy, com o primeiro álbum War Eternal. Após a faixa título ser lançada na internet, a nova vocalista foi bastante elogiada pelo público e mídia especializada. A banda realizou a “War Eternal World Tour”, em uma extensa turnê pela Europa, com mais de 80 datas agendadas e passou por diversos países.
O álbum seguinte, Will To Power, repetiu o sucesso anterior. Curiosamente, este foi o primeiro trabalho em que Alissa apresenta o vocal limpo, na música “Reason” to Believe”.
Veganismo e feminismo
Além da carreira no heavy metal, Alissa também trabalha na causa vegan, em ações contra a exploração dos animais e do meio ambiente por meio da agropecuária. E indo na contramão dos clichês da vida de músicos, ela evita o uso de drogas, tabaco e álcool.
Alissa também apoia causas feministas, pois vive em um meio ainda muito dominado pelos homens. E segundo ela, a luta não acabou, como declarou em entrevista à metal Hammer.
“Acho que há muitas pessoas protegidas pelo fato de que mulheres não têm direitos iguais por todo o mundo. Até amigos que vivem no democrático Canadá não percebem que mulheres não têm direitos iguais, acham que é algo do passado. Quando você viaja muito, você percebe que ainda há muito a se fazer. Acho que é importante o feminismo seguir como tópico de discussão. Sei que é moda odiar feministas e chamá-las de ‘feminazis’, mas, desculpe, a luta não acabou!”, disse.
Doyle Wolfgang Von Frankestein músico do Misfits, namora Alissa desde 2013. E por causa dela, entrou para o time dos consumidores de comida natural. Ele faz elogios ao falar da companheira, e a apelidou carinhosamente de “Rainha Monstro”.
Em 2018, Alissa participou da faixa Black Widow’s Web com a cantora brasileira Sandy, no mais recente disco do Angra, OMNI.
Com atitude, Alissa mostrou seu diferencial no metal e prova que muito além de um rosto bonito, é uma das artistas mais talentosas desta geração e que merece o reconhecimento.