GIRLS ON THE FRONT é um quadro criado por redatoras para falar sobre mulheres e para encorajar outras a continuarem o seu objetivo na música e, para isso, contaremos a vida e carreira de mulheres no metal brasileiro e internacional. Nessa edição, conheceremos mais sobre Alanis Morissette.
Alanis Nadine Morissette nasceu em 1 de junho de 1974 em Ottawa, Canadá. Desde criança ela gostava de música e de se apresentar, e até encenou Grease para seus avós maternos. Com o apoio de seus pais, começou a fazer aulas de dança, teatro e a compor poemas que, aos poucos, transformaram-se em música.
“Quando eu comecei a escrever canções, eu não tinha certeza se eu tinha voz para fazer isso. Então eu estava mais interessada em escrever poemas horríveis. E então eu comecei a escrever canções com música e letra e eu coloquei elas numa fita.”, disse Alanis. Quando tinha nove anos, amigos de seus pais a ajudaram numa composição chamada “Fate Stay With Me”, escrita por ela. Aos 12 anos participou de um programa chamado “You Can´t Do That on Television”, da Nickelodeon. Dois anos depois, Alanis assinou com sua primeira gravadora, MCA Records, pela qual lançou dois discos “Alanis”, em 1991 e “Now Is The Time” em 1992.
Mas foi com seu terceiro álbum que Alanis ganhou fama mundial e marcou uma geração. “Jagged Little Pill” vendeu mais de 33 milhões de cópias e um dos mais vendidos de todos os tempos.
A cantora, porém, não se adaptou muito bem à fama que veio com todo o reconhecimento de seu talento. Além disso, a pressão por mais um sucesso como o álbum anterior a deixou com estresse pós-traumático até os dias de hoje. “Supposed Former Infatuation Junkie” veio com uma sonoridade muito diferente do seu álbum anterior. Em seguida vieram Under Rug Swept (2002), So-Called Chaos (2004), Flavors of Entanglement (2008) e Havoc and Bright Lights (2012). Ainda que tenha saído um single ou outro que caiu nas graças do público, não foi nada comparado com o sucesso de 1995. Mas Alanis tem sete Grammys em toda sua história.
Em uma entrevista, foi questionada sobre a diferença da presença das mulheres na cena e se agora havia mais diversidade. “Sim, muito mais diversidade, bem mais mulheres. Eu acho que quando eu estava lançando “You oughta know”, 25 anos atrás, eles estavam bem apreensivos e querendo mais mulheres com músicas nas rádios. Mas alguém dizia: “Ah não, não. Já tem uma mulher. Não pode tocar mais uma”. E agora é tudo bem diferente, é claro. A coisa boa é que isso foi mudando com os anos. O gênero passou a ter muito menos a ver com ter mais ou menos pessoas em shows ou comprando álbuns. E isso é bom.”
Cantora, compositora, produtora e atriz canadense, em 2020, Alanis Morissette voltou com tudo, “Such Pretty Forks in the Road”.
