Cameron Buchholtz da Rock 100.5 The KATT conduziu uma entrevista com o vocalista do Ghost, Tobias Forge no festival Rocklahoma do mês passado, que aconteceu em Pryor, Oklahoma. Agora você pode ouvir o bate-papo usando o widget do SoundCloud abaixo. Seguem alguns trechos (transcritos pela BLABBERMOUTH.NET e traduzido pela Roadie Metal).
Ao tocar novas músicas ao vivo antes de serem lançadas oficialmente:
Tobias: “Sim, é sempre um risco fazer isso, obviamente, porque é como ter um trailer de um filme que mostra muito do filme. E eu também acho que hoje em dia, quando as gravações em estúdio não são necessariamente apenas uma captura da banda, é obviamente bem dirigido e com muitos ajustes, é claro, você quer que as pessoas escutem tudo encaixado, a melhor versão do primeiro, para que preencham as lacunas, ouvindo-as ao vivo mais tarde, e não o contrário. Mas também sou adepto do jeito old-school de fazer as coisas, então acho que vale a pena apresentá-las em uma versão ao vivo e depois ouvir a gravação.“
No show ao vivo mais despojado do Ghost:
Tobias: “Eu não usaria a palavra ‘despojado’, porque na verdade aumentamos radicalmente o pessoal. Mas tiramos a maioria dos chamados backtracks, o que significa que, enquanto no passado, onde havia apenas um cantor — ninguém mais estava cantando nada — essas harmonias pelas quais somos conhecidos precisavam vir de algum lugar para que soasse de certa forma. Então eles estavam magicamente lá a partir de um computador. Que foi algo que me incomodou — eu não queria fazer isso, mas essa era a única maneira de fazer isso. E para tocar nossas músicas, você precisa ter dois tecladistas tocando ao mesmo tempo, porque há muitos camadas… você precisa ter um tecladista de três braços. Então meu plano sempre foi — até cinco ou seis anos atrás — até mesmo para ter uma banda que era de oito ou nove pessoas. É muito caro, e quanto mais pessoas você tem, mais potencial existe para problemas não apenas pessoais, mas quanto mais pessoas você tem, mais difícil é para todos tocarem em sincronia. Então você precisa ter pessoas que estão muito acostumadas com isso e que tenham uma certa mentalidade. E finalmente chegamos a um ponto em que acho que conseguimos isso. Conseguimos nos livrar de… estou dizendo a maioria dos backtracks, porque tecnicamente, ainda estamos em… outro termo técnico — é basicamente uma faixa de cliques. Só porque é isso que você faz — toda banda faz isso hoje em dia porque você tem que fazer isso para sincronizar certas coisas. Então nós temos um pouco de outro… nós temos situações de finalização e situações de introdução e certas coisas que ainda estão tecnicamente em fita. Mas quando a banda está tocando, é tudo ao vivo, analógico, orgânico, o que é muito melhor — é um grande upgrade.”
Há quanto tempo ele tinha o conceito trabalhado para o novo álbum do Ghost, “Prequelle“:
Tobias: “A base principal do tema do disco e o que vai acontecer, volta a talvez três ou quatro anos. Então, definitivamente, eu sempre tento ter isso em mente para fazer o disco. E muito das coisas que você tem em mente não se materializam; elas podem se materializar mais tarde. Do meu ponto de vista, muitas das coisas que fizemos ao longo de toda a nossa carreira sempre foram um grande fracasso, porque nunca foi assim que planejei. Mas há sempre vantagens que se revelam melhores ou maiores que o plano original. E algumas das coisas que eu meio que refiz de certa forma e apenas faço em uma data posterior para dar mais ênfase a algo.“
Sobre se ele já tem alguma ideia vaga do próximo álbum e sobre o álbum que está em sua cabeça agora:
Tobias: “Eu sei o que vamos fazer da próxima vez, sim. Será um trabalho em andamento até o dia em que eu dominar o álbum. Mas eu sei onde a história vai. E com a matemática simples de como uma turnê geralmente se desenrola — sai um disco, você faz turnê por 18 meses, depois volta para o estúdio, leva seis, sete meses, e depois são mais 18 meses [de turnê] — Acho que temos um plano de cinco anos. E então eu tenho outro projeto no final desse túnel que pode ou não se materializar. É um pouco de um lado que leva uma tonelada de colaboração e muitas estrelas se alinhando. E isso tem sido feito há anos. Então vamos ver se isso acontece. Mas isso está um pouco longe do meu alcance agora.“
“Prequelle” estreou na terceira posição do quadro da Billboard 200. O disco, que chegou em 1 de junho, vendeu 66 mil unidades equivalentes na semana encerrada em 7 de junho. Desse total, 61 mil estavam nas vendas de álbuns tradicionais.
“Prequelle” foi gravado no ano passado nos estúdios da Artery, em Estocolmo, com o produtor Tom Dalgety (Opeth, Royal Blood) e mixado em janeiro no Westlake Studios em West Hollywood, Califórnia, com Andy Wallace (Nirvana, Slayer).
https://soundcloud.com/nobrownmms/cameron-interviews-tobias-forge-of-ghost
Fonte: Blabbermouth
