É chover no molhado falar que Gary Dranow, artista, compositor e multi-instrumentista de Utah (Estados Unidos), é prolífico e tem lançado mais de duas dezenas de singles nos últimos meses. Assim como é chover no molhado dizer que todos estes singles são acima da média, versáteis, além de bem produzidos.
Tudo isso sempre com temáticas importantes, que agregam à sociedade, desde culturalmente até como um alerta. Ou seja, Gary também se preocupa com o que está ao seu redor e utiliza a música como o que ela serve, isto é, um meio de manifestação abrangente e pacífico. Sempre acompanhado de sua banda The Manic Emotions.
Neste seu mais novo single, “Black Coal Lung”, por exemplo, ele fala sobre a necessidade urgente de ação ambiental e as consequências de negligenciar o nosso planeta. A canção faz um poderoso alerta sobre a injustiça ambiental, retratando as consequências da exploração da Terra pela humanidade.
Para isso ele se inspirou em fatos reais, como a vida em uma pequena cidade em Ohio, onde a presença de uma usina a carvão lança uma sombra escura sobre a comunidade. Nela, descreve vividamente as lutas diárias enfrentadas pelos moradores, que suportam o ataque implacável de partículas finas emitidas pelas pilhas da usina. Estas emissões tóxicas permeiam o ar, levando a um aumento de doenças respiratórias como DPOC, asma, cancro e outras doenças pulmonares debilitantes. A canção investiga a realidade comovente de famílias dilaceradas pela necessidade de longos deslocamentos para o trabalho em condições perigosas e todas suas consequências.
Se há tristeza e preocupação no tema, a canção nos entrega um pouco de beleza e mais cor do que sua letra. A faixa é uma balada southern rock, onde arranjos riquíssimos são incluídos, além de provar a coesão cada vez mais latente de Dranow e seus comparsas.
Com uma toada de cadência na medida, um violão certeiro faz as bases, tendo apoio de harmônicas sucintas, que dão todo um teor especial à música. Um órgão ao fundo ajuda a enfatizar o leve tom dramático de “Black Coal Lung”, que traz uma cozinha consistente e precisa, como deve ser.
Com leves toques de blues, a canção ainda é agraciada por mais um trabalho vocal primoroso. Com equilíbrio e muito bem postada, as linhas de Jason Jones soam cada vez melhores e mais intensas, mesmo em momentos um tanto mais sombrios, como o desta nova canção. Gary Dranow acerta mais uma vez!
‘discovered and supported via Musosoup #sustainablecurator’
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