Friday Evidence é o novo nome do rock progressivo com o single “Mechanical Dust”

Originários de Crema, ao norte da Itália, essa galera apaixonada por música de qualidade decidiu formar uma banda. Para isso, os músicos foram descobrindo interesses em comum dentro de seus estilos. Sendo assim, John Leslie (vocal), Giorgio “Superormone” Marchetti (guitarras), Stefano “Skool” Scola (baixo) e Pier Angelo “Il Mulaz” Mulazzani (teclados) iniciaram as atividades do que se convencionou chamar Friday Evidence. Pier Angelo e Giorgio Marchetti, a princípio, foram as pessoas que executaram a ideia com Il Mulaz como compositor. O primeiro resultado está no single chamado “Mechanical Dust”, que logo à primeira vista nos remete a um fino trabalho musical.

Embora Friday Evidence tenha visto a luz do sol somente em 2023, seus fundadores já trabalhavam juntos há dez anos. Ao escutar a canção “Mechanical Dust”, percebemos que as suas influências são as mais evidentes, ou seja, vem logo à tona nomes como Yes e King Krimson. No entanto, há um clima de modernidade na música que revela singularidades na sonorização. Em síntese, a vertente do grupo se adéqua aos padrões do rock progressivo, mas inserções de groove e fusion deixam a música com um charme a mais. Dessa forma, a canção segue uma linha ilimitada.

Sobre a produção do single, o próprio Angelo Mulazzani cuidou disso permitindo assim, uma audição limpa, salutar e sem recursos exagerados que, por ventura, deixassem o som burocrático. É interessante frisar isso porque nenhuma regra de produtor ou gravadora ditaram algo nesta música. Essa é uma das vantagens de se fazer um trabalho independente, embora a indústria fonográfica já não esteja tanto nas mãos de gravadoras ‘major’. Por outro lado, as ferramentas usadas aqui deixaram o som tão requintado que parece ter passado por uma seleção minuciosa de grandes engenheiros da música. Em resumo, para o bom ouvido, a parte da produção acaba sendo um dos destaques.

Enquanto a estrutura de “Mechanical Dust”, a música começa com um groove muito legal protagonizado pela bateria e pelo teclado. Já a voz de John Leslie parece um híbrido entre Geddy Lee do Rush e Jon Anderson (ex-Yes). Aliás, chamá-lo para este posto foi uma superjogada porque o seu setor ajuda muito na distribuição da melodia que, para alguns, pode parecer complexa, mas no deslanchar da música todo mundo estará envolvido em sua magia. Agora, sem sombra de dúvida o solo de guitarra da música deverá ser uma unanimidade entre os ouvintes, pois nele há sentimento em demasia e serve como a cereja do bolo.

Ouça “Mechanical Dust” no Spotify.