Ativo na cena do metal progressivo, o Forever in Transit de Buffalo, Nova York, lançou em 2018 o álbum “States of Disconnection” onde muitos ficaram conhecendo o potencial da banda liderada pelo baterista, tecladista, arranjador e vocal de apoio Dan Sciolino. Recentemente, os desafios aumentaram, então o quarteto completado por Chris Lamendola (vocal), Jeremy Schroeder (guitarras) e Daniel Ross (baixo) prepararam o novo lançamento chamado “A Coming to Terms”. Além dos membros oficiais, ainda participou o tecladista Diego Tejeida em uma das faixas. O disco, obviamente, nasceu mergulhado em virtuose, mas para cultivar a pegada metal, mantiveram bem o peso.
O álbum começa com a agressiva “Let Go Your Earthly Tether”, que possui vários climas épicos a começar pela sua introdução e finalização. No entanto, a música se deslancha com melodias acessíveis que se transformam nas partes mais pesadas. Já nesta primeira música, se percebe o grau de complexidade em linhas de teclado, bateria e vocalizações. A proposta sonora ganha prolongamento com “What Lies Beneath”, que parece se envolver em uma cortina sedosa combinando com a estética da canção. Sem qualquer sinal de rispidez ou truculência, a música segue a confluência melódica até se encerrar aos cinco minutos e quarenta.
Na sequência, “Streams of Thought” chega com uma proposta mais versátil, com belas frases ritmicas, climas envolventes de teclado e muito peso em evidência. O início da música com a cozinha causando terremoto, nos remete a um trabalho muito dedicado entre baixo e bateria. Por outro lado, a melodia vocal gera um equilíbrio necessário para que o álbum não soe nem tão pesado e nem tão meloso. Dessa maneira, “I Cling to Threads” também chega para fazer essa contribuição, pois seu estilo está inserido não apenas no rock pesadão, mas também nas técnicas eletrônicas do nu metal. Bom para o público.
Em “Enter the Void”, além da participação do ‘mixer’ Tejeida no solo de teclado, quem toca o baixo é Schroeder. O resultado gerou a música mais violenta do álbum, mas sem perder o DNA do Forever in Transit, que é o virtuosismo. A complexidade, você deve saber, também faz parte dessa correte, seja em canções simples, como nas mais emocionantes onde “Empty and Become Wind” se insere. A faixa título, que encerra o trabalho, também traz mais peculiaridades, como o baixista Ross arrebentando no solo de guitarra. Sim, você não leu errado, ele também toca guitarra no álbum. Sugiro que você escute essa grande obra o quanto antes.
Ouça “A Coming to Terms” pelo Spotify.
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