O grunge, como muitos que têm mais de 30 anos sabe, teve seu auge nos anos 90. Um cenário novo se formou naquele período, depois que o rock e o heavy metal estavam mais fadados a temas de festas e fantasiosos na década de 80, chegou algo mais depressivo e realista, com temas sociais e mais de encontro com o mundo real. Na sonoridade, um punk rock alternativo, com leves toques do virtuosismo do heavy metal, mas um clima muito mais melancólico.

Foi neste período que o estilo frequentou o mainstream com nomes como Nirvana, Pearl Jam e Alice In Chains dominando as paradas e encabeçando o então novo gênero. Hoje, o grunge é praticamente mais um elemento do underground, porém nunca deixou de existir e se manter no cenário, inclusive trazendo nomes atuais, com conhecimento de causa e ainda que sabem moldar o estilo ao atual momento.

Um destes nomes atende por FOLD. Apesar de não vir de Seattle (terra do grunge), muito menos dos Estados Unidos, a banda alemã, mais precisamente de Zweibrücken, conhece muito bem o que propõe e sabe encaixar tudo perfeitamente aos tempos atuais, fazendo com que seu som soe atemporal e tenha todos os elementos do grunge.

É o que podemos ouvir neste trabalho de estreia intitulado “At The End Of The Sun”, do qual eles não escondem que o intuito é resgatar essa sonoridade noventista e a adaptar aos moldes atuais. Coisa que o quarteto formado por Stephan Alt (vocal), Michael Peidl (guitarra), David Forbes (guitarra) e Dirk Nilles (bateria) consegue facilmente.

Nas 13 composições, distribuídas em pouco mais de 45 minutos, eles conseguem entregar músicas enérgicas, pesadas e com uma produção moderna sem perder a organicidade. Tudo fluindo naturalmente, com consistência e que prova a coesão que o quarteto possui. Esses são os comuns das faixas.

As distinções ficam para os climas variados que elas propõem. Um dos grandes diferenciais do FOLD é não cair no ‘pieguismo’ barato, e nem todas as suas composições são melancólicas. Aliás, muitas delas soam enérgicas, e quando mais densas, pendem para um lado obscuro. Tudo sem perder a essência do estilo.

Mas, no final das contas, o repertório é tão equilibrado, que apontar um ou outro destaque pode só não ser injusto, como também um erro crasso, pois a cada audição descobre-se mais detalhes e qualidades do disco. Fato é que com “At The End Of The Sun”, o FOLD conseguiu atingir seu objetivo.

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