Fallen Letters impressiona a cena gótica com seu EP de estreia “Forlorn Pages”

Após lançar singles essenciais ao universo do gothic metal, a dupla Fallen Letters da Índia, apresenta seu primeiro EP “Forlorn Pages”. As ideias incríveis de Vishal Naidu (vocal, guitarra, baixo e teclados) e Aditya Ramesh (guitarra, baixo e backing vocals) transportam o ouvinte através de um túnel frio, melancólico e emotivo. Essas inspirações casam perfeitamente com algumas de suas influências, tais como Blackfield, Deftones e outras. Aqui tudo é muito atrativo, desde a melodia das notas, assim como o encaixe dos arranjos. Este trabalho pode intensificar a ternura ou a solidão. Pegue sua taça de vinho e embarque nesta viagem.

O primeiro momento com a oportuna intro chamada “Prologue”, já prepara os nossos sentidos para um cenário penumbro e literário. De acordo com a própria capa do EP, podemos deduzir um folhear de páginas de um livro, em uma época medieval. O barulho de chamas e o arranjo de fundo se misturam à melodia da primeira canção “For A While”. Tempestivamente, as distorções de guitarra contribuem para a soturnidade da música, que alterna entre vocais limpos e guturais. Além disso, o dedilhado nas cordas revela uma doce magia, um encanto gostoso de se sentir potencializado pela boa produção do álbum.

Essa parte, aliás, foi trabalhada por Naidu. No entanto, outro produtor, Mike Langford, gravou as sessões de bateria que, em músicas como “Remain A Memory”, nos envolve com uma cadência atemporal. Além dessa parte da cozinha, o cara que trabalhou com nomes como Evans Blue, Parabelle e Deadset Society assumiu as mixagens. A exemplo dessas músicas e de outras como “Relapse”, não há o que destacar algo de razoável neste álbum, pois suas construções melódicas, climas densos e emotivos, assim como a entrega de valor são muito acima da média. Ou seja, “Forlorn Pages” é um trabalho que traduz perfeição.

Um dos singles lançados em 2024, que foi “Our Own Demise” é o que está mais cotado para empolgação, com sua pegada condicionada a um andamento mais pop. Embora isso deixe a fluidez do álbum mais livre, a atmosfera densa ainda é destaque. Agora, a última execução “Beneath the Opaque Veil”, que foi beneficiada por Jens Bogren que produziu nomes como Opeth e Katatonia, revela todo o poder de munição da dupla no que se refere ao peso, velocidade e complexidade. Resumindo, este EP, por mais que não seja o trabalho definitivo da banda, pois falta um full-length, é um importante preparador de terreno para uma possível obra prima.

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