Um dos grandes nomes recentes da guitarra mineira, Fabio Lima concedeu uma entrevista exclusiva ao Site da Roadie Metal.
Fabio Lima é guitarrista do projeto instrumental Universe e revela nessa entrevista varios pontos que o fizeram escolher a guitarra como seu instrumento e quais os motivos de escolher um projeto instrumental após passagem por algumas bandas com line up tendo um vocalista, Confira entrevista completa abaixo:
RM: Primeiramente, gostaria que se apresentasse e contasse um pouco sobre como surgiu seu interesse pela guitarra?
– Salve galera!!! Sou o guitarrista Fábio Lima, tenho 33 anos e sou apaixonado por esse instrumento (Guitarra). Comecei na música um pouco tarde, somente aos 18 anos de idade tive o primeiro contato com o violão, adquirido através do meu primeiro salário e já com o intuito de ser um violonista.
Logo procurei o professor de música e amigo, o guitarrista Marcus Guilherme, para iniciar as aulas. Não queria aprender por aprender, queria tocar e saber o que estava tocando, saber tudo por trás de cada acorde, porém tive poucas aulas, o que já foi suficiente para aprender bastante sobre o instrumento. Mas…
Devido a um sonho muito louco de estar em cima de um palco enorme e solando para muitas pessoas, despertou a vontade de tocar guitarra e o amor ao Rock/Metal e seus subgêneros influenciaram muito.
RM: Antes de ingressar em sua carreira solo, você fez parte de outra banda (Coronel XX), gostaria de saber quais foram as principais mudanças em seu estilo de tocar guitarra após sair de uma banda e ingressar num trabalho solo instrumental?
-Gostei fazer parte da banda Coronel XX, uma galera supertalentosa e diferenciados por serem dedicados e compromissados.
Sempre fui fascinado por trabalhos instrumentais, principalmente Metal instrumental. Um estilo bem diferente do estilo da banda, cujo a pegada nas guitarras exigiam mais técnica e precisão. Não que na banda não exigisse, porém os estilos são bem diferentes e eu gosto de desafios.
As principais mudanças foram nas afinações das guitarras, na primeira música, “The Dream Does Not End Here”, usei guitarras afinadas 2 tons e meio abaixo da afinação padrão B (Si) e usando cordas 013, mas em uma guitarra de 6 cordas. O que gera milhões de possibilidades nas composições e deixa o som bem pesado e pegado. Estilos que várias bandas famosas e consagradas usam, exemplo é o Dream Theater, que tem várias músicas com essa afinação e usam guitarras de 7 cordas. O Slipknot e o Korn usam uma afinação muito pesada também, como a em B(si) na guitarra.
RM : Por que a decisão de fazer um trabalho instrumental?
-Gosto de desafios, certamente tocando com uma banda, você fica um pouco preso devido ao padrão e estilo da banda. Eu gosto de ser livre, buscar sempre por possibilidades, novidades e dimensões diferentes que eu possa usar nas composições. Encontrei isso nesse trabalho instrumental, onde o público do Rock/Metal são bem mais críticos e exigentes.
RM: Como está a produção do primeiro álbum? Existe uma data prevista de lançamento do material? Ele será físico ou digital?
-O primeiro álbum já tem composições adiantadas e será de material inédito, ainda não tem data para lançamento e será físico.
Em 2016, teremos um single divulgando as gravações do primeiro EP oficial, será totalmente diferente e mostrará a verdadeira cara e estilo do Universe.
RM: Quais são as suas influências musicais?
-Procuro ouvir todos os estilos de música desde que tenha qualidade. Dos anos 80 até as mais recentes, mas minhas maiores influências vem de bandas que me inspiram atualmente. Bandas como Blackfield, que me foi apresentado recentemente pelo amigo, escritor e produtor Paulo Trindade.
Bandas como Pink Floyd, Opeth, Metalica, Megadeth, Iron Maiden, Pantera, Sepultura, Scar Symmetry, Dream Theater, Periphery e muitas outras excelentes bandas. Gosto também de Stryper, Oficina G3, Banda Angélica, Narnia e Divine Fire. Bandas Instrumentais como Polyphia, Widek, Wide Eyes e a recente Vitalism, do guitarrista brasileiro Ed Garcia.
O que mais tem me influenciado são os trabalhos instrumentais do Luthier e Guitarrista Plini, albuns como “Sweet Nothings” e “The End Of Everything”, dos guitarristas Jakub Zytecki e Jason Richarlison.
RM: A musica instrumental, por não ter letra, pode ser interpretada de varias formas dependendo da interpretação de cada um. Na opinião do musico Fabio Lima, o que a musica da Universe realmente representa?
-Quando iniciamos um trabalho, seja ele com banda ou em carreira solo, enfrentamos vários obstáculos, algumas portas se abrem outras se fecham, mas graças a Deus, tenho encontrado pessoas que tem me apoiado: A Guitarra HUTSCH, do grande luthier Henrique, aqui de Belo Horizonte (www.henriqueluthier.com.br), o Stúdio Independente (www.Studioindependente.com) do Fred Chamone, a Roadie metal, uma das maiores e melhores web rádios voltadas ao Rock/Metal e principalmente, minha esposa e filho, que me apoiam sempre. Posso dizer que sou um privilegiado em tê-los comigo.
Encontrar pessoas assim, que apoiam o seu trabalho, é sem dúvida muito gratificante, isso me faz acreditar mais, por que é isso que a Universe representa pra mim, é tudo o que eu sou e tudo o que eu vivo. Humildade, dedicação, força de vontade, compromisso, lutar e sempre seguir em frente, desistir jamais.
Pode ter certeza que nas músicas da Universe terá muito sentimento positivo e melodias envolventes e marcantes.
RM: Como você enxerga a oportunidade que é dada para as bandas instrumentais no cenário nacional?
-As músicas instrumentais nunca ficam fora de moda, sempre tem novidades de guitarristas não apenas os brasileiros. Acho que o apoio de marcas importantes de guitarra, amplificadores e cabos, tem dado muitas oportunidades a artistas que divulgam o seu trabalho solo e instrumental, isso é muito bom para a divulgação do trabalho.
Como exemplos temos a banda 4Action, que tem nas guitarras, Roger Franco e Sidney Carvalho e Felipe Andreoli, baixista do Angra e Alexandre Aposan. Temos também a Vitalism, do Guitarrista Ed Garcia.
RM: Espaço aberto para que você possa mandar um recado a todos os leitores da Roadie Metal.
Tenho certeza, vocês que acompanham a Roadie Metal, são um público bem exigente e de muito bom gosto musical, peço que acompanhem esse trabalho, curtindo as páginas Fábio Lima e Universe no facebook (http:/migre.me/rLGRI e www.facebook.com/projetouniverse), acompanhem um pouco do que estar por vir, tenho certeza que vocês irão se surpreender.
Obrigado pela oportunidade de discutir sobre esse projeto que é tão importante pra mim. Foi um prazer conceder essa entrevista e saber mais sobre o trabalho da Roadie Metal. Fiquei bem impressionado com tudo que a Roadie está desenvolvendo e principalmente, com os prognósticos de crescimento.