No final desse ano de 2020, a banda Evanescence irá lançar o seu quarto álbum de inéditas intitulado “The Bitter Truth”, nove anos após o disco homônimo de 2011, seu último trabalho de inéditas (lembrando que o “Synthesis”, de 2017, foi uma coletânea de releituras das músicas da banda com apenas duas inéditas).

Com isso, durante entrevista dada para Meltdown, da rádio WRIF, a vocalista Amy Lee falou sobre o motivo da demora de quase uma década para o lançamento do novo trabalho, que segundo ela, é por “várias razões”.

Eu amo a música que tenho feito com essa banda, e há horas que eu estou mais animada em relação a isso e mais apaixonada em relação a isso, e querendo derramar mais coisas nisso do que outros. As vezes você precisa se afastar um pouco disso. É uma saturação total.

As formas que nossos ciclos são, realmente – começou a mudar agora; achamos uma maneira de realmente quebra-lo – isso é tudo que você pode fazer para esses vários anos da sua vida com cada ciclo. Entre escrever as músicas e tudo que vem com isso, e então entrar em turnê e todas essas coisas maravilhosas que vem juntas, e lançar um álbum, e promover o álbum, e então no fim disso tudo, eu sempre estou tipo ‘eu me demito’ – quase todas as vezes. Eu fico tipo ‘Não sei se farei isso de novo. Foi fantástico. Eu amo muito’.Eu não sei se vou ter esse tipo de angústia de novo. Muitas coisas mudaram por dentro. Nossas representações em todos os níveis cresceram e mudaram, e todos temos a ajuda de um time maravilhoso que acreditam em nós e nos apoiam. E não sinto mais como se estivesse indo em uma guerra para criar um álbum, como acontecia.

Amy Lee também falou sobre o como ter virado mãe impactou na sua vida durante esse meio-tempo.

Pensei que virar mãe iria me fazer não querer trabalhar – como se eu fosse focar apenas em ser mãe, mas na verdade me deu muitas… – não sei – perspectivas. Tipo, você tem uma nova perspectiva, e do nada, como uma pessoa criativa, você pensa diferente do que quer fazer, porque sua mente funciona de uma forma diferente. Eu fiz um álbum de crianças para a minha família, trabalhei em uns tipos de filmes diferentes e algumas coisas solo. E encontrei outras maneiras de ser criativa. Até que a banda se juntou de novo, a Jen (Majura, guitarrista) entrou na banda, que foi uma ótima adição. A Jen entrou em 2015, e entramos em turnê e gostamos de tocar juntos. Esse foi o primeiro passo – apenas fazer shows e cair de cabeça, e lembrar quem você é e lembrar de tudo que isso é e pode ser., com os nossos fãs. Então dizemos o ‘Synthesis’, com uma orquestra completa e elementos eletrônicos, o que levou nossa música para um ponto diferente com outro foco, o que foi diferente, desafia e divertido. Então foi tipo ‘Ok, estamos prontos’. Então começamos a compor. Então tem sido uma longe e natural estrada, apenas seguindo aquilo que parece bom.

Por fim, Amy falou sobre o sentimento de estar produzindo com o Evanescence no momento.

Não posso dizer o quanto de fogo temos, mas posso falar por mim mesma, o quanto tenho sobre fazer música com a banda no momento. Vem um tempo que eu preciso muito, e muito dos sentimentos que coloco nas músicas para a banda é sobre angústia, sobre passar por algo difícil, e eu estou processando-o, ou lutando contra isso. E então há o tempo em que sinto esses sentimentos, e sei que muitos no mundo também sentem. Então sinto que estou onde deveria estar.

Confiram a entrevista completa, em inglês sem legendas:

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