O lendário Eric Burdon, conhecido principalmente pelo trabalho frente ao The Animals, “soltou o verbo” referente ao uso de “House Of The Rising Sun”, pelo Presidente Donald Trump em um evento recente. A canção, um dos clássicos do repertório do grupo de rock inglês, desde que foi lançada em 1964, foi transmitida em um sistema de alto-falantes recentemente, no Aeroporto Internacional de Wilmington, na Carolina do Norte, enquanto o avião presidencial “Air Force One”, aterrizava na pista.
O cantor, que eternizou a versão da canção (também um clássico com Bob Dylan), respondeu a Trump dizendo que ele não deu permissão para que a música fosse usada. Compartilhando uma foto sua no Instagram usando uma máscara preta, valorizando a palavra “vote” em sua estampa (imagem abaixo), escreveu demonstrando grande irritação: “Mesmo que ninguém tenha pedido minha permissão, não fiquei surpreso ao saber que #Trump #864511320 usou #HouseoftheRisingSun em seu rali político outro dia…Uma história de pecado e miséria ambientada em um bordel combina com ele perfeitamente! Muito mais apropriado para este momento em nossa história poderia ser #WeGottaGetOutofThisPlace. Essa é minha resposta #vote #saveourdemocracy # bidenharris2020.”
O desabafo de Eric Burdon repercutiu bastante nas redes sociais. Está sendo BEM difícil para o Presidente Donald Trump conseguir autorização para utilização de músicas (geralmente escolhas completamente inusitadas pelo sentido das mesmas, como Burdon enfatizou) por parte da classe artística, em eventos oficiais ou da campanha política para sua releição. Tem sido frequente esse tipo de posicionamento anti-Trump entre a comunidade roqueira mundial (com exceções, é claro). A tirada de Burdon, “pecado e miséria ambientada em um bordel combina com ele perfeitamente”, chamou a atenção não apenas pelo sarcasmo, mas pelo absurdo da escolha da música em questão.