Um dos estilo que vieram com maior força nestes últimos anos é, sem dúvida o chamado melodic hard rock, com diversos nomes surgindo em vários cantos do mundo, principalmente na Europa e na América do Sul. E um dos nomes que atualmente tem chamado a atenção do público vem do estado do Rio de Janeiro, mais precisamente da cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio, e atende pelo nome Tarmat. Formada no início da pandemia, por Alexandre Daumerie (vocais), Eduardo Marcolino (guitarra), Gabriel Aquino (teclados) e José Marcus (baixo), a Tarmat vem incorporando elementos contemporâneos em seu som, mas sem deixar de dialogar com bandas clássicas como Journey, Boston, Europe, Simply Red, Van Halen, Toto e Queen. Com influências do hard rock e com pitadas de progressivo, a Tarmat lançou seu álbum de estreia, Out of the Blue, pela gravadora italiana Frontiers Records, em dezembro do ano passado. Aproveitamos a oportunidade deste momento da banda e batemos um papo com eles sobre suas origens, o lançamento do álbum de estreia e seus planos futuros. Confira:
1. Roadie-Metal: Qual a inspiração para o nome Tarmat?
Eduardo: “TARMAT” foi uma sugestão do Gabriel, que é engenheiro químico e viu essa expressão no seu trabalho, na época em que estávamos à procura de um nome pra banda. Gostamos da sonoridade e o adotamos desde então!
2. Vocês se conhecem há mais de 15 anos, mas a Tarmat foi fundada recentemente, durante a pandemia. Como foi esse processo?
Eduardo: A banda nasceu meio que despretensiosamente. Foi no meio de 2020, a pandemia ainda era muito recente e vivíamos tempos de muito isolamento social. Nós quatro já tínhamos tocado juntos em alguns projetos de covers ao longo dos anos, e aí resolvemos aproveitar esse tempo de incertezas e de isolamento nas nossas casas pra finalmente fazer algo 100% autoral focado no AOR, que era uma vontade antiga nossa.

3. Contem-nos a origem musical de cada integrante e quais as suas influências na música?
Eduardo: Além do AOR e do hard rock dos anos 70 e 80, escuto muito rock clássico, jazz e blues. Também gosto de rock progressivo. Comecei a tocar guitarra por causa do Dire Straits (minha banda favorita até hoje) e algumas das minhas maiores referências na guitarra são Mark Knopfler, Gary Moore, Eric Clapton e Pat Metheny.
Gabriel: Minhas influências acabam naturalmente vindo de onde o teclado aparece com mais destaque, desde o AOR, o hard rock e o rock progressivo, passando até pela música mais pop produzida principalmente nos anos 70 e 80.
José Marcus: Sou fã dos clássicos dos anos 70 e 80, do grunge dos anos 90 e do rock progressivo. Meu primeiro contato com o baixo foi aos 15 anos e minhas influências incluem nomes como Marcus Miller, Chris Squire, John Paul Jones, Pete Trewavas e Tim Commerford, além de bandas como Tears For Fears, Journey, Led Zeppelin e Pearl Jam.
Alexandre: Minha formação no canto é lírica, mas sempre fui apaixonado mesmo é pelo rock e desde os quinze anos canto em bandas. Como fã ardoroso de pop/ rock/ hard/ metal, em especial as dos anos 80, minha banda favorita é o Queen e meu ídolo maior, Freddie Mercury.

4. Como surgiu a predileção pelo estilo melodic rock/ AOR?
Eduardo: Eu acredito que esse é o principal ponto de convergência entre os gostos musicais de todos os integrantes, então acaba sendo uma escolha muito natural. Cada um de nós tem suas particularidades na música, o que é normal, mas somos todos fãs de AOR e desde nossa primeira banda juntos já tocávamos Journey, Toto, Queen, Whitesnake, Europe, Asia, coisas nessa linha…
5. Gostaríamos que nos contassem um pouquinho sobre o processo de criação e composição das músicas que compõem o álbum de estreia “Out of the Blue”.
Eduardo: Foi tudo feito remotamente, trocando arquivos e ideias por whatsapp. Eu ou Gabriel (tecladista) trazíamos alguma composição nova, em versão instrumental, e o Alexandre (vocal) rapidamente adicionava letra e melodias vocais. E aí todos trabalhávamos juntos nos arranjos, dando opiniões, e cada um gravava seu próprio instrumento, até termos uma demo de cada música. Foi um processo que nos surpreendeu, porque fluiu com naturalidade e foi tudo muito rápido. Chegou num ponto em que tivemos até que “engavetar” algumas ideias para selecionar o que entraria no álbum de fato.
6. Como surgiu o contato com a gravadora italiana Frontiers Records?
Eduardo: Foi a própria Frontiers que entrou em contato com a gente por e-mail, oferecendo um contrato para lançarem nosso álbum internacionalmente. Eles conheceram nosso som através de uma recomendação do jornalista Marcelo Vieira. Para nós, é uma honra fazer parte do cast da Frontiers e é incrível ter o CD à venda em vários países ao redor do mundo.
7. O álbum “Out of the Blue” foi lançado no final do ano passado. Como tem sido a repercussão sobre ele?
Eduardo: A repercussão no geral tem sido ótima, muitas resenhas legais e também muitas mensagens positivas que recebemos de vários lugares. Mas, ainda acho que podemos atingir mais fãs de AOR, que às vezes sentem falta de bandas que os remetam aos tempos áureos desse gênero.
8. Como vocês veem e estão sentindo a cena rock/ metal atualmente no Brasil, especialmente em relação ao underground?
Eduardo: Eu vejo uma cena forte no Brasil, em alguns estilos específicos, principalmente no metal, onde o público ainda é numeroso e gosta da cena ao vivo, da “vida real”. Mas o rock tem diversas vertentes, e no nosso caso o AOR definitivamente é uma vertente difícil de trabalhar, de viabilizar eventos ao vivo.
9. Vocês tem feito lançamentos de versões ao vivo, em estúdio, de algumas canções da banda. Há planos para um futuro lançamento oficial nesse formato?
Eduardo: Nossa ideia era apenas lançar essas versões no Youtube mesmo, até pra mostrarmos a banda tocando “de verdade” e não gerarmos uma percepção de que somos somente uma banda de gravações. Ainda não temos planos pros nossos próximos lançamentos oficiais, mas quem sabe…
10. Quais os planos da Tarmat para esse ano de 2023? Poderemos vê-los no palco?
Eduardo: Nosso álbum foi lançado oficialmente no finalzinho de 2022, então a prioridade em 2023 é divulgá-lo o máximo possível e fazer nosso som chegar a todos os fãs de AOR que a gente possa atingir. E sim, com certeza queremos fazer shows! Estamos aguardando uma oportunidade de levar esse álbum para o palco.
11. A Tarmat já lançou alguns singles com ótima resposta do público, especialmente “Rosetta Stone”, que já acumula mais de 60 mil visualizações. A que vocês atribuem esta receptividade?
Eduardo: O fato dos singles serem lançados pela Frontiers certamente dá uma visibilidade muito maior do que conseguiríamos com lançamentos independentes, isso certamente ajuda bastante. E acho que nossa música agrada fácil aos fãs de AOR e rock melódico.
12. Podem nos falar um pouco sobre cada um desses singles lançados, em relação à sua temática e arranjos?
Eduardo: “Backbone Feeling”, além de ser nosso primeiro single, foi também a primeira música que trabalhamos juntos quando começamos esse projeto, então temos um carinho especial por ela. Ela veio de uma composição minha e do Gabriel que estava guardada há muitos anos, e tem uma sonoridade oitentista bem “na cara”, já entrando com um tema de teclado bem característico. Na letra, o Alexandre escreveu sobre a empolgação de voltar a fazer música com amigos. “Rosetta Stone” e “True Colors” são definitivamente as músicas mais pesadas e mais “guitarrísticas” do álbum. As duas são construídas em torno de riffs de guitarra, e acredito que tive muita influência do Van Halen pra compor esses riffs. Vejo uma certa ligação nas letras das duas músicas também, porque nos dois casos o Alexandre usa metáforas pra expressar o desejo de cada um ser compreendido e aceito.
13. Gostariam de deixar uma mensagem para os fãs da Tarmat, que são leitores da Roadie-Metal?
Eduardo: Obrigado por se interessarem pela nossa música, de coração! Quem gostou, recomende pros amigos. E caso queiram entrar em contato, é só falar com a gente pelas redes sociais.
Em nome da Roadie-Metal, nós agradecemos por nos conceder essa entrevista e desejamos muito sucesso à vocês. Obrigada!
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Consultoria: Tarcísio Chagas/ The Bridge Press
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