O guitarrista carioca Diogo Franco, prestes a completar 40 anos de idade, está cheio de planos para o futuro próximo, para quando os palcos estiverem liberados, bem como sua volta aos estúdios, tudo em prol do estilo que abraçou, o hard rock. Aproveitamos a oportunidade para batermos um papo sobre música e transcorrer sobre sua carreira e o futuro.
1-Como você iniciou na música? Com que idade começou o tocar algum instrumento?
Diogo Franco: Sempre fui fã de música… Lembro da minha mãe me colocar pra ouvir os discos do Foreigner durante as tardes enquanto conversávamos… Até que um dia ganhei de presente o disco Led Zeppelin 2, quando ouvi “Whole Lotta Love” pirei de vez… Depois veio Flashpoint, um ao vivo dos Stones… Mas, o que me arrebatou de vez foi quando ouvi o Appetite for Destruction, do Guns N’Roses. Ali eu decidi que aquele som faria parte da minha vida pra sempre… Comecei a tocar contrabaixo aos 13 anos na igreja a qual faço parte, 2 anos mais tarde passei pra guitarra.
2-Quais instrumentos você toca?
Diogo Franco: Toco guitarra, contrabaixo, violão e arranho teclado o suficiente pra ser o melhor tecladista da minha casa…Rs.
3-Quais as suas influências na música e quais as suas referências e inspirações?
Diogo Franco: Minhas influências são as bandas de hard e AOR dos anos 80 como Journey, KISS, Foreigner, Rolling Stones, etc…. Também posso citar artistas como Joe Perry, Jimmy Page e Slash, principalmente Eddie Van Halen, meu guitarrista favorito, assim como estilos como jazz e fusion.

4-Pode nos falar um pouco sobre a sua carreira musical?
Diogo Franco: Sou cristão, por conta disso montei uma banda que obteve um certo reconhecimento, há uns 18 anos atrás, o Fortaleza De Adoradores… A partir daí, fiz parte de vários grupos, dentre os quais se destacou o Mágica, o Galaxy (de covers de classic rock), o Insígnia, a J3D, que atualmente mudou o nome para Cherryllipz, e até um projeto acústico pra tocar em bares chamado One Voice, com o vocalista Riq Therrys, além da Mastermind, uma banda de metal que conta com metade da Cherryllipz também… Rs. No fim, é uma confusão boa. Kkkk.
5-Atualmente você está envolvido em dois projetos, o Mágica e o Cherrylipz. Pode nos falar sobre cada um deles?
Diogo Franco: Bem, o Mágica relançou alguns materiais antigos e filmou um clipe de uma música que sempre achei uma pena não ter tido uma produção adequada na época. Refizemos algumas partes, filmamos, colocamos nas redes e a repercussão foi boa, então tive a ideía de trazer de volta o Mágica… Obviamente, a coisa acabou sendo deixada de lado devido a certos imprevistos que tive e também por uma questão de impossibilidade de todos os integrantes se reencontrarem visto que nosso baterista está morando e trabalhando em outro estado. O Cherryllipz se chamava J3D, como dito anteriormente. O nome remetia às iniciais de cada um. Quando um dos “J” saiu, não havia sentido em manter esse nome, então sugeri esse nome másculo que temos hoje. A Cherryllipz está gravando músicas autorais e o Mágica segue engavetado a princípio, mas nada impede um fazermos show comemorativo, uma reunião pra alguns shows ou algo do tipo… Há inclusive algumas ideias para um segundo álbum do Mágica, vamos ver o que acontece.
6-Você também escreve sobre rock e metal, para o site 80 minutos. Como é esse trabalho e o que envolve?
Diogo Franco: Sempre gostei de ler e escrever. Pegava revistas, e depois blogs para poder ler as resenhas e em seguida, ouvia os discos pra comparar com a opinião do crítico… Sempre quis escrever sobre música, discos que gosto e até sobre os que não suporto, visto que me divertia muito com comentários ácidos de alguns autores. Basicamente corro atrás de um disco caso ainda não o tenha, ouço por 3 dias ou 4 direto, sem ouvir mais nenhum outro, e então vou tirando minhas conclusões, sempre buscando aguçar a curiosidade do leitor para a opinião que estou dando. Não importa se estou enaltecendo ou metendo o malho, quero que o leitor ouça o disco ou show que resenhei. O 80 minutos é um site maravilhoso, onde tenho liberdade pra escrever tudo o que quero, sem nenhum tipo de censura, inclusive sobre White Metal.

7-Você cursa faculdade de história. Como isso te oferece suporte, tanto como redator, quanto na composição musical?
Diogo Franco: A faculdade que escolhi tem tudo a ver com o trabalho que faço, de vasculhar o passado, descobrir particularidades, transmitir conhecimento sobre algo que já ocorreu há muito tempo e foi marcante na humanidade de alguma maneira,. No fim das contas, ter alma de historiador me ajudou a escolher esse curso e estudar História me faz ter o conhecimento técnico para pesquisar melhor sobre o assunto que quero falar. Só ganhei com isso.
8-Vamos fazer um jogo rápido sobre as suas preferências? Diga-nos quais seus álbuns, suas músicas, riffs e redatores preferidos?
Diogo Franco: Vamos lá, os álbuns eu citaria Appetite for Destruction (Gun’s N’Roses), Seventh Son of a Seventh Son (Iron Maiden), Fahrenheit (TOTO), 5150 (Van Halen), Physical Graffiti (Led Zeppelin) e o debut album do Rolling Stone.
Em relação a músicas, eu citaria “Honk Tonk Woman”, dos Rolling Stones, porque mudou a minha maneira de tocar, “The Lemon Song”, do Led Zeppelin (a linha de baixo do John Paul Jones me fez querer ser músico) e “Sweet Child O’Mine”, do G’N’R, que me fez optar pela guitarra, 2 anos após ter iniciado no contrabaixo. Sobre meus riffs memoráveis eu citaria ” The Creatures of the Night” (KISS), “Hold the Line” (TOTO), “Rock You Like a Hurricane” (Scorpions), “Kashmir” (Led Zeppelin), “Poundcake” (Van Halen), “Beat the Bullet” (Danger Danger), “Forever Young” (Tyketto), entre outros.
Na parte da redação, eu cito Regis Tadeu, Marcelo Vieira, Dani Farah e você.
(Nota da redação: Ah, obrigada pelo carinho. Jennifer Kelly)
9-Quais seus planos para quando as atividades voltarem ao normal após o controle da pandemia?Diogo Franco: Timidamente estamos voltando a tocar. Dia 04/09, a Cherryllipz vai abrir o show do Allan Jones e Os Rebeldes (Allan é o vocal do Mágica) e estamos bem animados. Não vejo a hora de subir no palco e trazer a aura oitentista de volta junto com os caras. Esse show será uma grande reunião de amigos e espero que tudo volte ao normal em breve. É claro que todos os protocolos de segurança serão seguidos, para que todos possam curtir um bom rock !!

A Roadie-Metal te agradece por nos conceder essa entrevista e desejamos a você muito sucesso. Obrigada!
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