No segundo semestre de 2020, o vocalista Edu Falaschi (Angra, Almah, Symbols) lançou oficialmente no Japão o seu novo DVD “Temple of Shadows In Concert”, onde nele é mostrado um show realizado pelo cantor junto a sua banda solo ocorrido em 2019, no Tom Brasil, em São Paulo, onde nele foi executado todo o álbum “Temple of Shadows”, originalmente lançado pelo Angra em 2004, na íntegra. Além disso, a apresentação contou com a participação da Orquestra Bachiana Filarmônica, regida pelo maestro João Carlos Martins.

Apesar do mesmo ter sido liberado em formato físico no Japão, o mesmo segue sem previsão de liberação nas terras brasileiras, por conta de impasses de direitos autorais envolvendo Edu e o Angra, que até o momento parecem estar longe de uma solução definitiva.

Atualmente divulgando seu novo álbum solo intitulado “Vera Cruz”, recentemente, Edu Falaschi revelou em entrevista para o site Whiplash.net que o DVD pode não ser lançado no Brasil, mesmo após liberação judicial.

De acordo com o vocalista, isso pode ocorrer por conta do custo para prensar o material físico, que é feito fora do país, podendo deixar o investimento inviável.

É um custo absurdo, pois precisa mandar fazer no exterior. Não sei se vale a pena fazer mil cópias de um Blu-Ray no Brasil. Vamos supor que libere e está tudo certo: mesmo assim, não sei se vale a pena. Pelo que vi, 99% das pessoas iriam preferir o Blu-Ray, por causa da qualidade, em vez do DVD. O risco é alto, então, não sei se vamos querer fazer. Mas caso tenha uma liberação, vamos pensar, analisar os melhores formatos de lançamento.

Durante a conversa, o cantor também lamentou todo o entrave judicial envolvendo ele e a sua ex-banda, a qual deixou em 2012.

A via é de mão dupla. Tem várias composições minhas e fonogramas meus que o Angra, caso queira lançar, também precisa de liberação minha. Se sai, todos ganham. Se não sai, todos perdem. Independentemente disso, torço muito por eles, pelo que fazem agora, e espero que tudo se resolva, mas quem mais perde é o fã. No fim, tudo o que importa é a música, que é eterna. Brigas, autorizações, leis, carimbos, advogados, etc, tudo que envolve esse universo acaba passando, se resolve. O que fica é a música. Por isso, foquei na música. Quando é sobre burocracia, pulo fora.

Apesar de todos os problemas causados pelo DVD, Edu Falaschi afirmou que não se arrepende da produção do mesmo.

Faço o que amo e esse exército que está comigo também crê nisso, então as coisas acontecem. Você faz sem pensar no financeiro. Não faço um trabalho pensando só nisso. É pela entrega. Já divulguei que o ‘Temple of Shadows in Concert’ custou R$ 500 mil. Tive zero lucro. Tudo que entrou, pagou o show. Quem seria o maluco de, em 2019, investir em um show de R$ 500 mil, no Brasil, com uma banda brasileira cantando heavy metal em inglês? É amor. Você coloca tanto carinho que as pessoas percebem que aquilo é real.

Confiram a entrevista completa aqui.

Fonte: Whiplash.net

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