O Reino Unido é o grande berço do heavy metal. Não somente isso, por lá o estilo também se lapidou, se ramificou, além de ter se fundido com diversos outros. Nem entraremos ao mérito de falar sobre o estouro dos Beatles, pois aí seria covardia e confundiria todo nosso direcionamento a este mais novo single do Heathen Kings.
No Reino Unido, mais especificamente em Birmingham, o Black Sabbath tocou a nota maldita e criou tudo que nos influencia através da música pesada de hoje em dia. De lá também vem o Judas Priest que consolidou de vez o termo ‘heavy metal’ e foi de lá que a maior banda do gênero de todos os tempos surgiu, o Iron Maiden.
A NWOBHM, também conhecida como new wave of British heavy metal, consolidou de vez o gênero, e ainda outras ramificações e extremismos do metal são do Reino Unido. Vide Paradise Lost, Napalm Death, Onslaught, entre outros grandes nomes.
Dito isso, é de lá, mais precisamente de Sulfolk, que vem o Heathen Kings. A banda está há cinco anos na ativa, inclusive lançando um álbum, “Fealty to None”, em 2023. Desde então não soltava nada inédito, sempre mantendo a chama do disco acesa, que foi precedido por três outros singles.
Agora, Andy Clark (vocal/guitarra), Peter O’Reilly (guitarra), Oscar Charlton (guitarra), Alex Body (baixo) e Joel Kurta (bateria) lançam um novo single, trazendo frescor e qualidade para o que a banda propõe, já que é algo que, se não tomar muito cuidado, pode soar datado.
Trata-se de “I Am Become Death (Destroyer Of Worlds)”, um heavy metal tradicional repaginado e muito bem trabalhado, que faz com que a técnica do qual a banda exala soe em prol do conjunto da obra e sem fechar seu leque, afinal de contas ainda encontramos leves toques de progressivo e power metal.
Claro, as guitarras não poderiam deixar de ser um dos destaques, pois são três delas fazendo uma base sonora potente e com solos memoráveis. A cozinha segue a intensidade, enquanto as linhas vocais de Andy são líricas e muito equilibradas, se mantendo firme mesmo nas notas mais altas.
E claro, uma música tão bem-feita e produzida, variada em seu ritmo, não poderia ter um tema que não fosse tão decente quanto. A letra de “I Am Become Death (Destroyer Of Worlds)” é a história da culpa e das emoções complexas de Robert Oppenheimer sobre sua participação na devastação nuclear causada no Japão na Segunda Guerra Mundial.
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